Adoção de hábitos saudáveis pode ajudar na manutenção da saúde e performance cerebral

Dr. Leonardo Faria, neurocirurgião, comenta sobre as alterações positivas que o cuidado com quatro áreas do dia a dia pode causar no cérebro

Hábitos saudáveis para o cérebro – Freepik/jcomp

O cérebro é um dos órgãos mais importantes que existem no nosso organismo, senão o mais. É nele que estão armazenadas as informações que fazem do ser ele próprio. Não só responsável pela vida, mas também pela forma de viver, o cérebro, quando mal cuidado, pode gerar problemas que dificultam o bem estar. Por isso, é importante conhecer esse órgão e cuidá-lo bem em todas as suas particularidades.

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O neurocirurgião Leonardo Faria acredita que os bons hábitos para cuidar do cérebro podem se dividir em quatro pilares, sendo estes, os principais responsáveis em manter o bom funcionamento do órgão. “São fundamentais para a saúde e para a alta performance cerebral”, explica.

O primeiro pilar é o sono. Sendo a boa qualidade essencial para a consolidação da memória e restauração das funções cerebrais. Dormir mal tem diversas consequências; estudos demonstram que noites mal dormidas estão conectadas com o aumento do risco de problemas como depressão e ansiedade, doenças cardiovasculares, derrames, redução do metabolismo e risco de diabetes, por exemplo.

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A alimentação também é uma das áreas que merecem atenção para uma boa manutenção da saúde cerebral. “O cérebro é um órgão ávido por nutrientes e oxigênio, a alimentação é o processo pelo qual nós conseguimos ofertar a ele o que é necessário”, defende o médico. Apesar do órgão corresponder a apenas 2% do peso corporal, ele demanda cerca de 20% da energia que conseguimos através dos alimentos. “O cérebro tem uma predileção por glicose, só que ele não é inteligente a ponto de conseguir limitar este consumo. Então, pode ocorrer um desbalanço energético, por isso, é fundamental ter uma alimentação saudável”, alerta.

A prática de atividades físicas também não deve ser esquecida, pois o cérebro precisa de nutrientes que o alcançam através da circulação e o exercício é um estímulo tanto para a circulação geral quanto para a circulação cerebrovascular. “Já tem vários estudos que mostram que a atividade física implica numa melhora da performance cognitiva”. Por fim, o cérebro precisa estar inserido em um meio social adequado; a socialização é fundamental para o desenvolvimento do órgão desde a infância até a vida adulta. “A pandemia veio corroborar com esse pensamento, não existe um estímulo mais rico para o cérebro do que um outro cérebro”, afirma o Dr. Faria.

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