20% das brasileiras nunca realizaram Papanicolau; exame previne câncer
Realizado a cada seis meses, o Papanicolau é uma efetiva medida preventiva contra o câncer de colo do útero
Realizado a cada seis meses, o Papanicolau é uma efetiva medida preventiva contra o câncer de colo do útero
Atualmente, apesar de uma alta recomendação em consultórios e um baixo custo para o Sistema Único de Saúde (SUS), segundo dados do Observatório de Atenção Primária à Saúde da Umane, 20% das mulheres brasileiras nunca sequer chegaram a realizar um dos principais exames ginecológicos: o Papanicolau (cujo nome curioso surgiu em homenagem ao patologista grego Georges Papanicolaou que criou esse método).
Exames ginecológicos, em geral, são essenciais para a saúde da mulher, visto que analisam melhor o funcionamento do útero e, consequentemente, os hormônios femininos e seu corpo como um todo.
O Papanicolau, em destaque, tem severa importância já que é ele que detecta alterações nas células do colo do útero. O exame básico, feito em consultório na maioria das vezes, consiste na coleta simples de amostras do tecido uterino, que garantem a redução de 60% a 90% dos casos de câncer do colo do útero.
Mesmo com a severa importância, segundo o estudo, há essa baixa procura, evidentemente, entre jovens de 18 e 24 anos (64,3% nunca realizaram um Papanicolau na vida), e em capitais da região Nordeste, como Maceió-AL, em que 40% das maceioenses também jamais o fizeram.
Sendo uma das doenças mais perigosas e terceiro tipo de câncer que mais mata mulheres no país, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o estudo busca apontar possíveis fatores para essa grande defasagem na realização Papanicolaus no Brasil. Primeiro, percebe-se que há uma diferença regional, dado que os números são mais altos na região Sul, por exemplo. Não só isso, o número é resultado das medidas sanitárias da pandemia de covid-19.
No entanto, médicos e especialistas reafirmam a importância de um diagnóstico precoce a partir do exame, garantindo uma baixa nos casos de câncer ou até um tratamento menos intensivo quando a alteração é detectada logo em seu primeiro instante.
Vale destacar, por fim, que outro estudo internacional recente, do McMaster Health Forum, apurou que a forma mais pertinente de estimular mulheres a realizarem o exame preventivo é a partir de avisos por cartas e panfletos.