Cannabis medicinal e epilepsia: tratamento reduziu a frequência das crises da doença, conforme estudo
O estudo associou a cannabis medicinal com epilepsia grave em crianças
O estudo associou a cannabis medicinal com epilepsia grave em crianças
Os estudos e a aprovação de produtos de cannabis medicinal estão avançando cada vez mais. Uma nova pesquisa publicada nesta terça-feira, 14, na revista científica BMJ Paediatrics Open, apontou as conclusões de uma análise associando extratos da planta com crianças com epilepsia grave.
Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que na América Latina existem mais de 8 milhões de pessoas que sofrem com sintomas da epilepsia. Ainda, de acordo com artigo do Brazilian Journal of Health Review, foi observado que no ano de 2018, no estado de Tocantins, por exemplo, das 401 hospitalizações notificadas no período, o maior número se concentrou em crianças de 1 a 4 anos, o equivalente a 26%.
No estudo do departamento de ciências do cérebro do Imperial College London, no Reino Unido, foram analisadas 10 crianças entre 1 e 13 anos que faziam uso de cerca de sete medicamentos. No entanto, ao utilizarem o extrato de cannabis de toda a planta, foi observada a queda do número de remédios.
+++ Cannabis medicinal: Anvisa aprova oitavo medicamento com canabidiol
E não apenas a quantidade de medicamento foi reduzida, mas também a frequência das crises. De acordo com os pesquisadores, a cannabis medicinal foi responsável por 86% da diminuição das crises da doença, com a implementação de canabidiol (CDB) e de tetrahidrocanabidiol (THC).
No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já vem aprovando produtos à base de cannabis e, até o momento, há cerca de oito medicamentos para tratamentos regulamentados pela agência.