AstraZeneca e Ômicron: Fiocruz aponta produção significativa de anticorpos com a terceira dose do imunizante
A Fiocruz divulgou um estudo com a análise de pessoas que receberam três doses da AstraZeneca
A Fiocruz divulgou um estudo com a análise de pessoas que receberam três doses da AstraZeneca
A variante Ômicron surgiu ameaçando a eficácia das duas doses ou dose única dos imunizantes contra o novo coronavírus. As farmacêuticas das vacinas correram para realizar pesquisas sobre a relação do imunizante com a nova variante. Baseado nesse cenário, a Fiocruz divulgou, nesta quinta-feira, 23, um estudo sobre a AstraZeneca.
“Como temos observado, a variante Ômicron é capaz de infectar pessoas com o esquema vacinal completo, assim como as que foram previamente infectadas por outras variantes”, disse o vice-presidente de Produção e Inovação da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Marco Krieger.
O estudo foi feito com a análise de amostras de sangue de 41 pessoas já com as três doses da AstraZeneca, e após verificar o soro desses participantes o resultado foi de que a terceira dose da vacina aumenta, de forma significativa, os anticorpos no organismo para a neutralização da nova cepa.
Conforme Krieger, os anticorpos foram intensificados 2,7 vezes com a dose adicional do imunizante. O estudo aponta o significado desse resultado: “A campanha para fornecer doses de reforço deve adicionar considerável proteção extra contra a infecção pela Ômicron”.
A pesquisa foi publicada no plataforma bioRxiv, e a fundação destaca: “A pesquisa foi realizada de forma independente por investigadores de diferentes instituições, incluindo pesquisadores da Fiocruz e da Universidade de Oxford”.
O estudo da Pfizer mostrou que a terceira dose do imunizante aumenta os anticorpos do corpo em 25 vezes, quando comparada com as duas doses. Dessa forma, a dose de reforço da vacina consegue neutralizar a Ômicron.
Embora a Sinovac tenha afirmado que a CoronaVac se mostrou eficaz contra a nova variante, sem indicar a taxa, uma pesquisa feita pela Universidade Hong Kong e Universidade Chinesa em Hong Kong disse que o imunizante não produz anticorpos suficientes para neutralizar a cepa. No entanto, a farmacêutica já anunciou que uma versão adaptada do imunizante pode estar pronto em até três meses.