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Tratamento contra câncer tem eficácia contra casos graves de covid-19, revela estudo

Tratamento utilizado para determinados casos de câncer, inibidor de checkpoint imunológico, apresentou também potenciais em casos graves de covid-19

Tratamento utilizado para determinados tipos de câncer, inibidor de checkpoint imunológico, apresentou potenciais em casos graves de covid-19
Tratamento teve resposta positiva em casos graves de covid-19 e sepse – Freepik

Segundo um novo estudo de universidades da América Latina, um dos tratamento do câncer poderá ser utilizado em casos graves de covid-19.

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A terapia em questão é, então, inibidor de checkpoint imunológico, eficiente para casos de tumores como melanoma e câncer de pulmão, principalmente. Ela, portanto, consegue reativar a resposta imunológica do organismo, auxiliando na melhora do caso.

“Um dos checkpoints imunológicos conhecidos e com o qual trabalhamos no estudo é o PD-1. Ele indica para os linfócitos T [um tipo de leucócito] que devem parar de responder à infecção depois de um tempo, para não haver uma resposta exacerbada. Num contexto de câncer, sepse ou COVID-19 grave, porém, o PD-1 faz com que os linfócitos T parem de funcionar antes mesmo de resolvida a doença. Por isso, é preciso bloqueá-lo”, explica um dos autores, Pedro Moraes-Vieira.

“Essa liberação excessiva de IL-1β leva a uma disfunção dos linfócitos T, o que chamamos de exaustão dessas células de defesa. Elas ficam tão ativadas que não conseguem mais responder adequadamente. É algo bem comum em doenças virais crônicas, como a COVID-19 grave, algo que já tínhamos observado em um trabalho ainda no começo da pandemia”, continua, portanto.

Tratamento contra câncer mostra potencial para casos de covid-19 graves

O estudo foi realizado, então, primeiramente em camundongos. Eles foram submetidos ao tratamento e assim conseguiram restaurar a função dos linfócitos T. Em uma fase seguinte, com amostras sanguíneas de infectados com o vírus, a resposta também foi positiva, porém somente naqueles internados em UTIs, ou seja, casos graves da doença, já que esses têm uma ativação exacerbada do inflamassoma. Por fim, eles também o testaram em pacientes sépticos, tendo também um resposta positiva contra sepse.

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Mas, apesar do sucesso do estudo, os pesquisadores ainda estudam os possíveis efeitos colaterais nos pacientes com covid-19 que realizarem o tratamento. Além disso, esse é um tratamento de alto custo, o que também inviabilizaria, em partes, seus grandes potenciais.

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