Britney publicou carta aberta falando sobre severas invasões de privacidade que viveu durante os 14 anos de tutela abusiva, deixando evidente uma série de traumas da época
No último domingo, 25 de setembro, Britney Spears decidiu publicar mais uma carta aberta relatando seus traumas da tutela abusiva de seu pai, Jamie, que viveu entre 2008 e 2021.
No novo depoimento, então, a cantora fala sobre ter, por diversas vezes, sua privacidade invadida e explorada. “A pior parte foi a minha família me trancando naquele lugar [reabilitação] por 4 meses…”, escreveu, então, em seu relato. “Nenhuma porta para privacidade… e os seguranças me viam me trocar nua e tomar banho… Toda p*rra de semana me tiravam abruptamente da minha medicação normal e me drogavam com lítio”.
Essa não é a primeira vez que a princesa do pop se abre sobre os traumas da relação que viveu com a família, durante 14 anos. Recentemente, Britney até deu declarações sobre seus filhos adolescentes que geraram polêmicas, mas que na realidade só refletem os traumas de seu contato abusivo com o pai; é o que explica Camila Capel, especialista em desenvolvimento humano.
“É possível enxergar uma menina machucada por sensações do passado e o quanto o lugar de filha ainda é protagonista dessa história”, explica a profissional.
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A relação com seus três filhos, então, é uma das principais afetadas pela sequência de traumas, como destaca a profissional. “Exatamente por isso, fica muito difícil se apropriar de seu papel de mãe desses garotos”, pontua.
Além disso, ela destaca que por conta do aprisionamento da tutela, Britney vive apegada a uma série de vivências de infância. O que faz com que ela, apesar de ter crescido, carregue um passivo emocional.
“A história de Britney fala, de certa maneira, de um drama que todos vivemos, em maior ou menor escala. Nossas necessidades da infância nunca terão sido atendidas plenamente”, explica.
Por fim, ela destaca: “Britney Spears alterna em suas falar os papéis de menina e mãe e parece clamar por ser vista, incluída, aceita, amada… A relação da artista com o pai aponta para o paradoxo dos limites necessários aos jovens e como o excesso deles castra sua força, não dando ao jovem a chance de emancipar-se, tornando-se eterno filho”.
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Sobre a fonte
Camila Capel é idealizadora do modelo de Parentalidade Essencial, uma visão científico-espiritual do ser humano. Tem uma formação multidisciplinar em áreas como Parentalidade; Treinamento de Habilidades Parentais; Capacidade Analítica; Inteligência Emocional; Escuta Terapêutica; Educação de Pais e Autoeducação.
