Um novo estudo de diversas universidades do Reino Unido revelou que os riscos de coágulos se mantêm por, pelo menos, 49 semanas depois da infecção pela covid-19.
A descoberta foi feita após análise de 48 milhões de pessoas que testaram positivo para o vírus, sem estarem vacinadas. Segundo a pesquisa, a infecção foi responsável por um cerca de 10,5 mil casos de infarto, derrame e trombose, condições causadas por coágulos, a mais.
Segundo os pesquisadores, além disso, na primeira semana é quando os riscos são maiores: 21 vezes mais chances de infarto e derrame e 33 vezes mais de embolia pulmonar ou trombose.
No entanto, nas semanas seguintes, o risco se mantém, porém sempre decrescendo. Após quatro semanas, os riscos são, respectivamente, 3,9 vezes e 8 vezes. Entre 29 e 49 semanas após a infecção, 1,3 e 1,8 vezes mais.
Os riscos, além disso, foram maiores para pacientes hospitalizados e com casos graves da doença.
Pesquisadores explicam relação entre riscos de coágulos e covid-19
“Temos certeza de que o risco cai rapidamente – principalmente para ataques cardíacos e derrames – mas a descoberta de que permanece elevado por algum tempo destaca os efeitos a longo prazo da Covid-19 que estamos apenas começando a entender”, explica um dos autores do estudo, Jonathan Sterne.
Angela Wood, outra pesquisadora, continua: “Mostramos que mesmo as pessoas que não hospitalizaram enfrentaram um risco maior de coágulos sanguíneos”.
“Embora o risco para esses indivíduos permaneça pequeno, o efeito na saúde do público pode ser substancial. E as estratégias para prevenir eventos vasculares serão importantes à medida que continuarmos com a pandemia”, relata, por fim.
Siga a Viva Saúde no app Helo e receba todas as notícias do site de forma rápida e fácil de ler!