Brasil registra primeiro óbito decorrente da Ômicron; OMS diz que variante não deve ser classificada como ”leve”
O primeiro óbito pela Ômicron no país ocorreu em Goiás, e trata-se de um homem de 68 anos
O primeiro óbito pela Ômicron no país ocorreu em Goiás, e trata-se de um homem de 68 anos
Aparecida de Goiânia, em Goiás, foi o local que marcou o primeiro óbito – oficialmente registrado – decorrente da variante Ômicron no Brasil. A vítima faleceu no dia 27 de dezembro de 2021, após ser internado no dia 22 do mesmo mês. A confirmação da causa do óbito foi feita pelo Ministério da Saúde nesta quinta-feira, 06, após notificação da Secretaria Municipal de Saúde da cidade.
Em relação à vítima, trata-se de um homem de 68 anos que possuía fatores de risco: doença pulmonar obstrutiva crônica e hipertensão arterial. Conforme a prefeitura, o idoso estava com o esquema vacinal completo, além da dose de reforço. O homem chegou a ser levado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), no dia 26 de dezembro, mas não resistiu no dia seguinte com um choque séptico.
Um exame PCR da vítima foi colhido para a realização do sequenciamento genético no laboratório Hlagyn, localizado no município, e o resultado saiu nesta quinta-feira. O secretário de Saúde da cidade, Alessandro Magalhães, enfatizou que o ocorrido não é para ser utilizado para questionar a eficácia das vacinas.
“Nós perdemos um paciente vacinado, mas que tinha problemas crônicos de saúde, que são importantes fatores de risco da Covid-19. Infelizmente, ele não resistiu. Uma vida perdida em meio a milhares salvas pela imunização”, disse Magalhães.
+++ Ministério da Saúde anuncia vacinação contra Covid-19 para crianças de 05 a 11 anos
+++ Flurona: entenda o que é a condição e se esse é um caso mais grave
Também nesta quinta-feira, 06, o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse, em coletiva, que a variante Ômicron não deve ser considerada como “leve”, apesar das chances de ser uma cepa que causa menos quadros graves.
“Embora a ômicron pareça ser menos grave em comparação com a delta, especialmente entre os vacinados, isso não significa que ela deva ser classificada como branda”, alertou o diretor da organização. Ainda, a OMS ressaltou que na maior parte dos casos mais graves, 90% ocorrem em não vacinados, além de ter falado sobre outro ponto importante: a necessidade da igualdade na distribuição dos imunizantes.
Conforme dados divulgados pelo Ministério da Saúde, o Brasil possui 265 infecções por Ômicron, com 520 suspeitos em investigação.