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Rainha Elizabeth: por que sentimos tanto a morte de alguém que não conhecemos?

O luto de alguém que não conhecemos pessoalmente, como a Rainha Elizabeth II, pode ser forte quanto o de uma pessoa próxima; entenda por que isso acontece!

Rainha Elizabeth: por que sentimos tanto a morte de alguém que não conhecemos?
Rainha Elizabeth: por que sentimos tanto a morte de alguém que não conhecemos? – Tristan Fewings/Getty Images

Por que a morte da Rainha Elizabeth causa a impressão, em grande parte das pessoas, de que ela era alguém próximo, com quem se tinha contato e até uma relação de afeto?

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O Pós PhD em Neurociências Fabiano de Abreu Agrela explicou que os seres humanos formatam engramas – que são memórias do que pensamos, vemos e sentimos – de forma mais íntima. “Quando uma pessoa é famosa, formamos esses dados, com base na repetição, consolidando e reforçando esses engramas de maneira mais convicta”, disse. É como se ao vermos o famoso tantas vezes, criássemos uma memória especial com ele.

Ainda segundo Fabiano, quando a pessoa é famosa e admirável para si, essas marcas mentais são formatadas com a influência de bons sentimentos, o que está vinculada a uma boa lembrança.

“Quando ela morre, sentimos como se a conhecêssemos pessoalmente, pois reforçamos essas memórias sobre ela com influência positiva. E de certa forma a conhecemos, do jeito que a moldamos, às vezes sem defeitos, como algo intacto de quase perfeição”, finalizou.

Rainha Elizabeth: o luto por uma pessoa que não conhecemos pode ser similar ao que sentimos por alguém que já vimos pessoalmente?

Segundo o estudioso, quando vemos uma pessoa fisicamente, ela fica armazenada na memória com intensidade diferente de quem vemos apenas pelas telas. O reforço e o sentimento depositado, entretanto, moldam a memória de maneira diferente, fazendo com que o impacto do luto possa ser tão forte quando o de alguém que você conhece pessoalmente.

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Tudo depende da importância que você deu àquele ser!

“O que distingue é a racionalidade sobre ter contato físico ou não, mas o sentimento varia pelas circunstâncias sobre a pessoa e sobre a própria personalidade de quem sente, em relação ao quão emotiva é pelas próprias variáveis individuais”, finalizou.

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Sobre o Prof. Dr. Fabiano de Abreu Agrela

Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, é um Pós PhD em neurociências, mestre em psicologia, licenciado em biologia e história; também tecnólogo em antropologia com várias formações nacionais e internacionais em neurociências. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat – La Red de Investigadores Latino-americanos, do comitê científico da Ciência Latina, da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo nos Estados Unidos e professor nas universidades; de medicina da UDABOL na Bolívia, Escuela Europea de Negócios na Espanha, FABIC do Brasil, investigador cientista na Universidad Santander de México e membro-sócio da APBE – Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva. Membro de 4 sociedades de alto QI, entre elas a Mensa International e a mais restrita do mundo Triple Nine Society.

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