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Mulher afirma que ‘cheirou’ Parkinson em marido, 12 anos antes de diagnóstico

Cheiro curioso, descoberto pela esposa de paciente, ainda auxiliou na criação de novo exame rápido para diagnóstico de Parkinson

Cheiro curioso, descoberto pela esposa de paciente, ainda auxiliou na criação de novo exame rápido para diagnóstico de Parkinson
Mulher identificou cheiro estranho no marido e outros pacientes com Parkinson – Freepik

A enfermeira Joy Milne, de 72 anos, afirma que sabia que seu marido tinha Parkinson, 12 anos do diagnóstico, por conta de seu cheiro! Sim, pode parecer incomum, mas a escocesa ainda tornou possível a criação de um novo exame, que agora detecta a doença em apenas minutos.

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Tudo começou há anos, quando Joy relembra que Les, seu marido, estava com um novo odor pelo corpo. “Ele tinha um cheiro desagradável de mofo, especialmente nos ombros e na nuca, e sua pele tinha definitivamente mudado”, explicou.

No entanto, foi somente após o diagnóstico que ela relacionou uma coisa a outra. Como ela conta, então, foi só quando o marido convivia com outros pacientes também diagnosticados com a doença, que ela percebeu o cheiro em comum.

Após descoberta de esposa que sentiu cheiro de Parkinson em marido, cientistas desenvolvem novo exame de diagnóstico da doença

A partir dos relatos da esposa, cientistas da Universidade de Manchester então investigaram mais a fundo o odor e conseguiram desenvolver um novo exame que detecta mais facilmente a condição.

Com um simples esfregaço da pele, os pesquisadores afirmam que conseguem analisar o sebo humano e, portanto, identificar ou não o Parkinson. A amostra pode ser coletada, portanto, a partir de uma simples haste flexível com algodão na ponta em contato com as costas do paciente.

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Já testado em cerca de 150 pacientes, o exame agora aguarda aprovação para testes clínicos. “No momento, nós desenvolvemos (o teste) em um laboratório de pesquisa”, explica Perdita Barran, líder do estudo. “Agora estamos trabalhando com colegas em laboratórios analíticos de hospitais para transferir nosso teste para eles, para poder funcionar no sistema de saúde público britânico”.

Esse seria, além disso, um dos primeiros testes definitivos de diagnóstico da doença, que também não tem cura. O diagnóstico precoce ainda ajudaria os pacientes e seus familiares terem maior suporte e tratamento, ainda em estágio inicial.

Segundo Joy, ela prometeu ao marido um dia antes de sua morte, em 2015, investigar o cheiro curioso que identificou, e ele afirmou: “você precisa fazer isso porque vai fazer a diferença”.

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