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Marco Pigossi relata traumas psicológicos em jornada para descobrir sua orientação sexual

Ator Marco Pigossi se assumiu gay no ano passado e relatou em entrevista a luta e traumas psicológicos que enfrentou todo esse tempo que escondeu sua orientação sexual

Ator Marco Pigossi se assumiu gay no ano passado e relatou em entrevista a luta e traumas psicológicos que enfrentou todo esse tempo que escondeu sua sexualidade
“Eu rezava, pedia a Deus para me consertar”, afirma Marco Pigossi – Instagram / Gerson Lopes

No último ano, Marco Pigossi assumiu sua sexualidade publicamente. Ao lado de seu namorado, o diretor italiano Marco Calvani, o ator falou abertamente sobre sua orientação que esconde desde adolescência, principalmente, por preconceitos de seu pai.

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Segundo relatos, Oswaldo Pigossi nunca aceitou a sexualidade do filho, ainda mais agora que se tornou pública. “É sempre tenso, não há naturalidade. É distante do universo dele, que é eleitor do Bolsonaro. […] Existe um ideal político que distancia a gente. Ele nunca vai me pegar pelo braço e se unir nessa causa. Diferentemente do amor incondicional da minha mãe”, conta o ator em entrevista ao O Globo.

Por isso, Marco relata uma série de consequências e traumas psicológicos que enfrenta desde que descobriu sua sexualidade, ainda na escola. Assim, quando se tornou famoso, o ator preferiu se esconder e “vestir a máscara heterossexual”, como ele mesmo afirma.

“Fiz esse personagem hétero para me esconder, o que deixou minha vida mais confortável. E sou branco, privilegiado, classe média, filho de médicos. Imagina quem está na favela, é negro…”, conta.

“Eu rezava, pedia a Deus para me consertar”, afirma Marco Pigossi

Por conta dos traumas, Marco Pigossi relata que buscava ‘se curar’: “Eu rezava, pedia a Deus para me consertar. A homofobia é tão enraizada que, por mais que a gente assuma, ainda vai lidar com o preconceito interno”.

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O ator, portanto, relembra que foi no teatro onde encontrou mais liberdade para sua sexualidade, apesar de ainda escondê-la em frente às câmeras. “Me desenvolvi tentando manter um corpo masculinizado. E acho que isso veio do trauma de não poder me assumir, foi uma maneira de me proteger”.

Após mais de duas décadas conhecido pela mídia, Marco encontrou um local mais seguro nos últimos anos, até chegar a decisão de levar isso de maneira pública. Hoje, ele relata com leveza que fez as pases consigo mesmo e vive um de seus melhores momentos.

“A pessoa que se aceita e está feliz com o que é conhece uma força enorme. Se sente com poder para ocupar espaços. E o encontro com a comunidade é uma corrente bonita, a gente se sente fortalecido, cria um senso comunitário. Porque, no fundo, o que a gente mais quer é pertencer. Como homossexual, sentia que não pertencia a nenhum grupo. Todos esses corpos passam por isso. E quando passam a pertencer… É do car****!”, diz com orgulho.

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