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Síndrome do cabelo vazio: especialistas explicam este problema que afeta muitas mulheres

Dermatologista, cabeleireiro e psicóloga fazem alerta sobre o uso do megahair, o sonho de consumo de muitas mulheres.

Entenda o que é a síndrome do cabelo vazio e como ela afeta a autoestima de mulheres – Freepik

Sabemos que o cabelo é a moldura do rosto, mas e quando os tratamentos capilares, cortes e colorações especiais não são suficientes para embelezar, dar volume e/ ou deixar as ondas exibidas em capas de revista? A resposta para isso é o modismo do megahair, cabelo natural fixado por meio de cola quente de queratina ou tela adesiva que adere ao couro cabeludo e dá aquele visual de comercial de shampoo, com fios encorpados e um movimento bonito. 

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De acordo com o dermatologista Victor Bechara, o maior problema deste modismo é a perda de cabelo.

“Recomenda-se um check-up hormonal para rastrear predisposições à queda capilar, queixa comum na clínica”, pontua o dermatologista.

Em pacientes com pouca densidade de fios Bechara recomenda que é preciso avaliar pelo teste de tração se está caindo em excesso e se a taxa de crescimento encontra-se abaixo do normal. Se for alto o índice de queda em mais de uma área do couro cabeludo, é importante o especialista realizar uma análise com lupa (tricoscopia), para avaliar a quantidade de fios por folículo e diâmetro dos mesmos, além da saúde do couro cabeludo como um todo.  

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“Alguns exames de sangue podem identificar comorbidades e alterações que levem à queda capilar, como ferro, zinco, selênio, magnésio, vitaminas D e B12, biotina, ácido fólico. É importante ter um perfil hormonal certinho para instruir e prevenir o paciente antes de aderir ao modismo do megahair”, diz o dermatologista, professor assistente de Cosmiatria da UFRJ.

O cabeleireiro Homero Barros não recomenda nenhum tipo de extensão capilar, a não ser que haja real necessidade por falta de volume, e não para alongar.

“Entre os recursos utilizados, a fita adesiva é o que menos prejudica. Há o método de colagem das mechas com queratina quente, que no momento da manutenção e retirada quebra muito o cabelo original”, afirma o especialista complementando que o problema do megahair é que abafa e provoca tração no couro cabelo e, com isso, alguns protocolos são necessários.

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“Os cuidados para quem não quer abrir mão da extensão são: lavar periodicamente os cabelos e limpar bem o couro cabeludo para não obstruir os poros. Usar uma escova específica para megahair e sempre usar produtos de qualidade no banho e leave-in para desembaraçar”, comenta Homero Barros.

Se a opção for retirar de vez o “implante”, o tempo de recuperação aparece depois de 90 dias, com uma rotina de tratamentos de “choque” para o couro cabeludo, fortalecimento e crescimento dos fios.

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A psicóloga Daniela Faertes explica que alguns artifícios da beleza, como cílios postiços, megahair e maquiagem definitiva na sobrancelha deixam a mulher com o visual incrível, mas causam dependência e fazem com que a beleza natural deixe de ser vista como bonita também.

“O acesso cada vez mais fácil desses artifícios acaba criando critérios de comparativo que vão fazendo com que o natural deixe de ser valorizado em prol de algo que é mais artificial”, comenta a psicóloga que é especialista em terapia cognitiva e mudança de comportamentos prejudiciais.

Daniela complementa a afirmação pontuando a importância de enxergarmos a beleza das duas formas, e não criar uma dependência desses atributos.

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“Você pode achar que quando faz uso de megahair ou cílios postiços, por exemplo, fica pontualmente mais bonita, melhora a sua autoestima, mas o que não pode é só se sentir bem desta maneira e criar uma dependência disso”, finaliza a especialista.