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Pacientes com fibromialgia sentem mais os efeitos da Covid-19

Dia da Conscientização da Fibromialgia e da Fadiga Crônica (12 de maio) alerta para a importância do diagnóstico e do tratamento adequados

Pacientes com fibromialgia sentem mais os efeitos da Covid-19 – Freepik

Estudos recentes realizados na Itália mostraram que cerca de 70% dos pacientes com fibromialgia têm sofrido com o agravamento da doença durante a pandemia, sabia?

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As pesquisas no Brasil ainda estão em andamento, mas os especialistas já perceberam por aqui esse mesmo cenário. Isso acontece porque, em muitos casos, o tratamento teve de ser interrompido ou por causa do estresse psicológico que o isolamento social traz a estes pacientes.

“Hoje, nós sabemos que os sintomas da covid-19 podem se estender por meses. É o que chamamos de síndrome pós-covid. A fadiga – sintoma predominante na fibromialgia – é um dos sinais mais relatados pelos pacientes. Logo, pessoas com fibromialgia podem estar mais vulneráveis à fadiga pós-covid”, alertou o reumatologista Fabio Jennings, membro da Sociedade Paulista de Reumatologia.

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Os efeitos da pandemia se acentuam nos pacientes que já têm a doença em função dos impactos do isolamento social, da falta de prática de atividade física e do estresse psicológico.

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“Os pacientes com condições têm dado continuidade ao tratamento por meio da telemedicina. Os que não têm, infelizmente, estão procurando mais os serviços de saúde, e estão com mais sintomas nesse momento”, reforçou o reumatologista.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia, a fibromialgia atinge cerca de sete milhões de pessoas e se estima que uma a cada doze pessoas tem a doença no mundo. A doença se manifesta com dor no corpo todo, principalmente na musculatura, e atinge mais as mulheres. 

O paciente apresenta também sintomas de fadiga, sono não reparador, alterações de memória e atenção, ansiedade e depressão – interferindo diretamente na qualidade de vida e na independência. A causa do aparecimento da doença é desconhecida, mas algumas pesquisas apontam o estresse e a tensão como indutores.

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Canabidiol como tratamento

A prática regular de atividade física tem papel fundamental no tratamento da fibromialgia, mas nem sempre é o suficiente. Por isso, o reumatologista pode prescrever medicamentos como antidepressivos, anticonvulsivantes e até canabidiol.

Há estudos que evidenciam os benefícios do canabidiol em dor crônica em geral e esses resultados são animadores para o tratamento de um determinado grupo de pacientes com fibromialgia.

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É uma terapia que tem demonstrado um benefício para a dor, mas que deve ser indicada bem especificamente para os paciente com perfil adequado, já que pode causar alterações de comportamento, alterações motoras, como efeitos colaterais e até mesmo dependência”, disse ainda Jennings.