Micropigmentação capilar além da estética: técnica recupera autoestima de pessoas que sofreram traumas no couro cabeludo
A micropigmentação capilar ajuda a reconstruir o aspecto visual capilar de pessoas que sofrem com doenças cutâneas e capilares
A micropigmentação capilar ajuda a reconstruir o aspecto visual capilar de pessoas que sofrem com doenças cutâneas e capilares
A micropigmentação é uma técnica muito conhecida, principalmente para melhorar o aspecto das sobrancelhas, entretanto, o procedimento tem feito a cabeça de homens e mulheres que sofrem com a perda capilar e a calvície, possuindo falhas.
Muito além da estética, a micro tem sido uma forte aliada na recuperação da autoestima de homens e mulheres, principalmente em casos de acidentes por queimaduras, ou doenças que afetam diretamente o couro cabeludo, como tratamentos hormonais. Segundo a Sociedade Brasileira de Cabelo, a calvície afeta mais de 42 milhões de brasileiros, e estima que 50% das mulheres têm alguma queixa relacionada à queda de cabelos.
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De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), pessoas com idade entre 20 e 25 anos, homens com até 50 anos e 30% no caso das mulheres, sofrem de calvície androgenética. A micropigmentadora Renata Barcelli, CEO e fundadora de marca brasileira de pigmentos, explica que, através do procedimento – chamado de micropigmentação paramédica – é possível disfarçar as falhas, tornando a aparência final muito semelhante ao aspecto visual do couro cabeludo natural, aparentando estar repleto de novos fios que estão por crescer. Em comparação ao último ano, 2021, houve um aumento de 900% no número de pessoas que procuraram pelo procedimento.
“A Micropigmentação Capilar está sendo cada vez mais buscada por mulheres e, principalmente, homens que sofrem com tais “falhas” no couro cabeludo. Muitos têm baixa autoestima por terem calvície, nesses casos, não melhora só a parte estética, mas também a emocional”, comenta Renata. A especialista também explica que todo o procedimento é feito diretamente na derme superficial do couro cabeludo. “São utilizadas agulhas para criar pontos de disfarce, além de fazer correção das cicatrizes. São simuladas sombras e texturas para o resultado ficar o mais realista possível”, aponta Renata. Algumas das causas que fazem com que pacientes busquem a micropigmentação capilar são: queimaduras, tratamentos hormonais que afetam o crescimento de fios, tal como a lúpus cutânea, uma doença que forma lesões na camada superficial da pele, afetando, inclusive os folículos capilares, que afetam o crescimento e nascimento de fios de cabelo.
Renata explica que esta técnica não é permanente, diferentemente do que muitos acreditam. A duração depende sempre do organismo de cada pessoa, necessitando de retoque após, em média, 6 meses. “Isso também varia de acordo com o tipo de pele, da cor e da qualidade do pigmento, sem contar com a técnica utilizada pelo profissional. É importante buscar profissionais que tenham especialização e também deve haver preocupação com a higienização e esterilização adequadas dos instrumentos”, explica.
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Além disso, a pigmentação utilizada para reproduzir os fios se difere da usada em sobrancelhas, pois foram especialmente desenvolvidas para trabalhar nesta região, que é vascularizada e com tecido adiposo.
Diversos artistas já optaram pela micropigmentação para disfarçar as falhas, como foi o caso do Michael Jackson, que usou a técnica após sofrer um acidente com pirotecnia em 1984, sendo um dos primeiros a apostar no procedimento. E apesar de bastante realista já nesta época, a técnica ganhou novas tecnologias, sendo aprimorada com o passar do tempo, tornando o procedimento ainda mais procurado. Entre os brasileiros, Gracyanne Barbosa, Belo e Roberto Carlos também optaram pelo procedimento para melhorar o aspecto capilar e, assim, apostar na autoestima.