Estudo indica que dar uma tela às crianças pode atrapalhar a regulação emocional
Utilizar dispositivos eletrônicos para distração das crianças pode atrapalhar no controle das emoções, diz estudo
Utilizar dispositivos eletrônicos para distração das crianças pode atrapalhar no controle das emoções, diz estudo
Recentemente, uma pesquisa publicada na revista científica JAMA Pediatrics chegou a novas conclusões sobre o uso de aparelhos eletrônicos em crianças: por mais que seja tentador dar tela aos pequenos para acalmá-los, o estudo informou que esses dispositivos podem levar a mais problemas com a reatividade emocional no futuro.
As informações são da CNN Brasil. “Mesmo aumentando ligeiramente a reatividade emocional de uma criança, isso significa apenas que é mais provável que, quando uma dessas frustrações diárias surgir, você terá uma reação maior”, explicou a principal autora do estudo e pediatra de desenvolvimento comportamental, Dra. Jenny Radesky.
Na pesquisa, foram analisadas as respostas de 422 pais e cuidadoras para avaliar o uso de telas em crianças entre 3 a 5 anos – a análise foi feita em um período de 6 meses. A conclusão é que o uso frequente desses dispositivos foi associado a uma maior desregulação emocional dos pequenos, principalmente aqueles que já estavam com problemas emocionais.
“Quando você vê seu filho de 3 a 5 anos passando por um momento emocional difícil, o que significa que ele está gritando e chorando por alguma coisa, ele fica frustrado, pode estar batendo, chutando ou deitado no chão. Se sua estratégia principal é distraí-los ou fazê-los ficar quietos usando a mídia, então este estudo sugere que isso não os está ajudando a longo prazo”, foi o que esclareceu o professor da Universidade de Michigan Medical Escola, Radesky.
Segundo o pesquisador, a distração com as telas envolvem dois problemas: ela tira a oportunidade de ensinar a criança sobre como responder a emoções difíceis, além de poder reforçar que grandes exibições de suas emoções difíceis são formas eficazes de conseguir o que querem.