O glow da pele começa na saúde da barreira cutânea, revela dermatologista
Brilho natural não vem de um único cosmético, mas da integridade da pele – e a ciência explica como isso funciona

Brilho natural não vem de um único cosmético, mas da integridade da pele – e a ciência explica como isso funciona
O brilho saudável da pele, conhecido popularmente como glow, vai muito além de um toque de maquiagem ou de um produto milagroso. De acordo com especialistas, esse efeito luminoso depende diretamente da saúde da camada mais externa da pele, o estrato córneo.
“A pele com glow reflete um conjunto de fatores anatômicos e bioquímicos funcionando bem. A chave está na integridade da barreira cutânea, especialmente na coesão entre os corneócitos”, afirma a dermatologista Dra. Flávia Brasileiro, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Quando essa coesão está presente, a luz interage de forma uniforme com a superfície da pele, gerando o brilho natural que tantas pessoas buscam.
A opacidade da pele geralmente está ligada a pequenas falhas na sua estrutura. Quando a barreira cutânea se encontra danificada, surgem irregularidades microscópicas que impedem a reflexão uniforme da luz. Como resultado, a pele adquire um aspecto cansado e sem vida.
Além disso, a perda de lipídios essenciais, inflamações discretas e a descamação visível interferem negativamente no brilho. Por isso, a solução passa por hidratar a pele com ativos que reforcem a coesão celular, como ceramidas, pantenol, ácido hialurônico e niacinamida.
Cuidar da superfície da pele é essencial, mas o brilho também vem de dentro. Procedimentos como o Hydrafacial promovem uma renovação imediata, eliminando impurezas e repondo nutrientes. “É como um detox que restaura a clareza óptica da pele”, comenta Dra. Flávia.
Por outro lado, os lasers e bioestimuladores trabalham nas camadas mais profundas, promovendo renovação celular e estimulando a produção de colágeno. Assim, a firmeza da pele, garantida por essas proteínas estruturais, melhora significativamente a forma como a luz é refletida.
Outro fator que interfere no glow é a presença de manchas. A melanina, quando mal distribuída, gera áreas escuras que comprometem a aparência uniforme da pele. Portanto, dermocosméticos clareadores e tratamentos a laser ajudam a recuperar o tom radiante.
Enquanto isso, as rugas criam sombras e rugosidades que espalham a luz de forma irregular. “A toxina botulínica suaviza essas marcas e melhora a regularidade da pele, otimizando a reflexão da luz e realçando o brilho natural”, diz Dra. Flávia.
Embora a hidratação seja fundamental, nem sempre ela é suficiente para devolver o viço. Por esse motivo, buscar orientação médica é essencial. “Cada pele é única. Às vezes, a perda do glow está ligada a fatores mais profundos que só um dermatologista pode identificar”, finaliza a médica.
Fonte: Dra. Flávia Brasileiro – Dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, com mais de 20 anos de atuação em dermatologia e cosmiatria.