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Vírus erradicado em 2003 é encontrado em esgotos de Londres, conforme OMS

Segundo a OMS, as amostras do vírus estão limitadas a regiões ambientais, mas alerta a importância da vigilância em todos os países

Vírus de poliomielite é encontrado em esgotos de Londres
Vírus de poliomielite é encontrado em esgotos de Londres – Unsplash/CDC

Também conhecida como pólio, a poliomielite é uma doença que pode levar a paralisia dos membros inferiores, conforme a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Ministério da Saúde. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considerou o Brasil como livre da doença em 1994, mas o seu retorno em algumas regiões tem colocado autoridades em alerta.

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Anos após a certificação no Brasil, o Reino Unido teve a doença erradicada de seu território só em 2003. Mas, ao que parece, a tranquilidade de anos voltou a ser um tanto perturbada, já que foram encontrados vestígios do vírus causador de poliomielite nos esgotos de Londres. O cenário foi confirmado tanto pela Agência de Segurança de Saúde britânica (UKHSA, na sigla em inglês) quanto pela OMS.

COM VÍRUS DE POLIO NOS ESGOTOS, FORAM REGISTRADOS CASOS DA DOENÇA?

Conforme a UKHSA, diversos poliovírus foram identificados nos esgotos de Beckton entre fevereiro e junho. A área, inclusive, atende cerca de quatro milhões de pessoas. A OMS confirmou a descoberta na quarta-feira, 21, e destacou que as amostras são apenas de cenários ambientais. “Nenhum caso associado a paralisia foi detetado”, destacou a organização, em comunicado.

Afeganistão, Nigéria e Paquistão são países com casos endêmicos da doença. Aliás, a agência britânica acredita que o vírus possa ter retornado em Londres de uma pessoa estrangeira e vacinada de um desses locais com mais casos de polio. Conforme destaque do Ministério da Saúde, a única maneira de prevenir a poliomielite é por meio da vacinação.

“Qualquer forma de poliovírus, onde quer que seja encontrada, representa uma ameaça para as crianças”, disse a OMS. A doença também é chamada de paralisia infantil, e pode contaminar até mesmo adultos por meio do contato com fezes ou secreções pela boca de pessoas infectadas.

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“Importante que todos os países, especialmente aqueles com grande volume de viagens e contato com países e áreas afetadas pela pólio, reforcem a vigilância para detectar rapidamente qualquer importação do vírus e facilitar uma resposta rápida”, destacou a OMS.