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Transtorno borderline: psicoterapia auxilia no controle e melhora da condição

Transtorno de personalidade borderline é caracterizado pela dificuldade do paciente de controlar as emoções

Transtorno borderline: psicoterapia é referência para controle e melhora da condição – FREEPIK/ jcomp

O transtorno de personalidade borderline (TPB) consiste em um padrão generalizado de instabilidade e hipersensibilidade nos relacionamentos interpessoais. O paciente com a condição tem variações de humor recorrentes, de fácil oscilação, e costumam se queixar de um “vazio” que sentem, facilmente confundido com tristeza e até com depressão.

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O principal marcador deste transtorno é a instabilidade nas relações interpessoais. Têm baixa tolerância ao abandono, seja este real ou interpretado pelo paciente, e podem sofrer também uma instabilidade na autoimagem.

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Pacientes com transtorno borderline não toleram ficar sozinhos, fazem esforços frenéticos para evitar o abandono e geram crises, como comportamentos agressivos ou autodestrutivos.

Diagnóstico

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A intensidade com que os sintomas se manifestam fazem com que algum transtorno seja facilmente identificado pela família e pessoas do convívio social,

Para o diagnóstico de TPB, são adotados critérios clínicos, de análise do paciente e suas ações cotidianas e a forma como ele as vê. A saber, os principais diagnósticos diferenciais de TPB são transtorno bipolar, transtorno depressivo, outros transtornos de personalidade, outras condições médicas do sistema nervoso central e transtornos por uso de substâncias.

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Para tanto, o DSM-V traduz o diagnóstico de Borderline na ocorrência de pelo menos 5 (≥ 5) dos seguintes fatores:

1) Esforços desesperados para evitar abandono real ou imaginado; Nota: Não incluir comportamento suicida ou de automutilação coberto pelo Critério 5.
2) Um padrão de relacionamentos interpessoais instáveis e intensos caracterizado pela alternância entre extremos de idealização e desvalorização;
3) Perturbação da identidade: instabilidade acentuada e persistente da autoimagem ou da percepção de si mesmo;
4) Impulsividade em pelo menos duas áreas potencialmente autodestrutivas (ex.: gastos, sexo, abuso de substância, direção irresponsável, compulsão alimentar).Nota: Não incluir comportamento suicida ou de automutilação coberto pelo Critério 5.
5) Recorrência de comportamento, gestos ou ameaças suicidas ou de comportamento automutilante;
6) Instabilidade afetiva devido a uma acentuada reatividade de humor (ex.: disforia pisódica, irritabilidade ou ansiedade intensa com duração geralmente de poucas horas e, apenas raramente, de mais de alguns dias);
7) Sentimentos crônicos de vazio;
8) Raiva intensa e inapropriada ou dificuldade em controlá-la (ex.: mostras frequentes de irritação, raiva constante, brigas físicas recorrentes);
9) Ideação paranoide transitória associada a estresse ou sintomas dissociativos intensos.

PSICOTERAPIA PARA TRATAR O TRANSTORNO BORDELINE

Em seguida, é necessário iniciar o tratamento que ajudará a controlar o transtorno e melhorar a qualidade de vida do indivíduo. O psicólogo André Barbosa, autor do livro ‘Vamos falar de transtorno de personalidade borderline’, explica que o tratamento para transtorno borderline é essencialmente psicoterápico.

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O profissional explica que a psicoterapia tem forte poder no controle do transtorno, desde que não haja outra comorbidade associada a ele.

“O controle maior dos sintomas de impulsividade, agressividade e instabilidade é através da psicoterapia. Já no caso de outras doenças como a depressão recorrente, esquizofrenia e síndrome do pânico, essas patologias estão associadas à terapia medicamentosa (remédios psiquiátricos) em conjunto com a psicoterapia”, pontua o psicólogo André Barbosa.

Entretanto, é necessário observar cada caso com atenção e cuidado. “Quando o caso é grave, onde há episódios recorrentes de crises e explosões de humor, é importante analisar se há uma comorbidade: ou seja, outra doença como ansiedade, transtorno bipolar ou depressão associado a este transtorno”, destaca.

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Neste caso, a conduta deve mudar.


Sobre André Barbosa

O psicólogo e escritor Dr. André Barbosa é formado em psicologia pela Universidade de Fortaleza (Unifor), especializado em terapia cognitivo-comportamental pela UniChristus, graduado em Administração e Marketing pela Estácio e em Business Communication pela Universidade de Cambridge no Reino Unido.

Também é autor de 6 livros sobre depressão, comportamento, qualidade do sono e desafios emocionais, ciúmes e transtorno de personalidade boderline. Já foi colunista no Jornal Tribuna do Ceará. Além disso, é professor do curso de Formação em Terapia Cognitivo-Comportamental da IEMB e professor de inteligência emocional da MEGE.

Nas Redes Sociais, André Barbosa é dono dos perfis @opsicologo, com mais de 290 mil seguidores, e @freudofficial, com mais de 760 mil.