Sintomas atípicos de infarto podem ser mais prevalentes em mulheres
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as cardiopatias levam a cerca de 8,5 milhões de mortes entre o grupo feminino
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as cardiopatias levam a cerca de 8,5 milhões de mortes entre o grupo feminino
Sinais atípicos dos sintomas clássicos do infarto são mais predominantes entre as mulheres, o que pode até mesmo levá-las a demorar a procurar um médico. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças que afetam o coração são responsáveis por cerca de um terço das mortes de mulheres pelo mundo, o que equivale a 8,5 milhões de casos fatais todos os anos.
O cardiologista Dr. Roberto Yano alerta: “A mulher muitas vezes está infartando, e ela não chega com essa dor no peito clássica. Muitas vezes ela só chega com falta de ar, sensação de desmaio ou sudorese fria”. O médico ainda ressalta que esses sintomas também ocorrem em idosos, tabagistas e diabéticos.
Não está muito claro ainda as causas que podem levar as mulheres a terem esses quadros mais diferentes, mas o Dr. Roberto aponta que características anatômicas desse grupo como artérias mais finas e até mesmo a tendência de resistir mais a dor podem estar relacionados com esses casos.
Ao ser acometida por esses sintomas sem as dores comuns, a mulher não busca de imediato uma emergência. “Quanto mais tempo a pessoa está infartando em casa e demora para procurar ajuda médica, mais músculo do coração é perdido”. E quando se trata do procedimento de cateterismo, o cardiologista explica que as coronárias (artérias do coração) desse grupo são menos calibrosas que a dos homens, “o que dificulta a abordagem do médico para abrir aquela artéria”. Todas essas questões, conforme o médico, estão relacionadas com “a maior chance de morte na mulher, em caso de infarto, do que no homem”.
+++ Não é só a dor no peito! Confira outros sintomas que têm relação com o infarto
SINTOMAS CLÁSSICOS
O cardiologista explica que o infarto é “a obstrução das artérias das coronárias”, em que os sintomas semelhantes, seja em homens ou em mulheres, são:
CUIDADOS APÓS O INFARTO
Quando se fala da sobrevida de cada um dos gêneros após um infarto, a Associação Americana de Cardiologia indicou no relatório de 2021 que ela é de cerca de 8 anos para os homens e de 5,5 anos para as mulheres. Mas os cuidados após a ocorrência são semelhantes entre os dois, em que o Dr. Roberto Yano lista: