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Sem condições! Pesquisa mostra que grande parte dos brasileiros não possuem acesso a tratamentos de qualidade

No Brasil, o atendimento precário é responsável pela morte de 153 mil pessoas por ano

Muitos brasileiros não possuem condições de ter um acesso à saúde de qualidade – Pexels/Pixabay

No Brasil, mesmo com o Sistema Único de Saúde (SUS) e os planos médicos, ter recursos de saúde com qualidade não é algo que atinge grande parte da população. Em uma pesquisa feita pela Global Health Service Monitor 2021, da Ipsos, constatou-se que 90% dos brasileiros dizem não ter condições financeiras para custear bons serviços e tratamentos na área. Na América Latina, o país é o que tem o maior índice de pessoas com essa preocupação, em que o segundo é a Colômbia, com 83%.

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Os problemas mentais são a segunda maior preocupação entre os brasileiros. Cerca de 22% dos entrevistados citaram baixa qualidade nos atendimentos quando se trata de estresse. Lembrando que o Brasil é o país mais ansioso do mundo, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS).

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Os problemas na saúde pública do Brasil são muitos. Para se ter uma ideia, o estudo apontou que a média global de pessoas preocupadas com condições para ter acesso a tratamentos de saúde de qualidade é de 58%. “O SUS luta com as dificuldades, e elas são de duas ordens: o subfinanciamento, o que o governo aplica em saúde é muito pouco para tratar de todos os brasileiros, e, em segundo lugar, o sistema é mal gerenciado. A máquina pública é uma máquina burocrática, emperrada, difícil de fazer andar”, comenta Drauzio Varella no vídeo “Sistema de saúde no Brasil | Coluna #43”, no seu canal do YouTube. 

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Em relação aos problemas nos planos de saúde, Drauzio explica as seguintes questões: “O usuário acha que a mensalidade que ele paga é cara, que o médico que o atende mal olha na sua cara. Os médicos acham que os usuários dos planos de saúde vão naquele médico porque está ali na lista, mas não tem qualquer ligação com aquela pessoa”. Além disso, os profissionais possuem problemas com o plano porque relatam que são mal pagos, levando muitos a pensar que atender uma grande quantidade de pacientes é o único caminho, “com perda da qualidade de atendimento”.

Uma má qualidade dos atendimentos pode causar, inclusive, a morte de pessoas. Um levantamento feito pela Comissão de Saúde Global de Alta Qualidade aponta que esse cenário, no Brasil, é responsável por cerca de 153 mil mortes por ano. E 51 mil de casos fatais estão ligados à falta de acesso a atendimentos. A implementação de inovações tecnológicas, geralmente, tornam as coisas mais acessíveis, mas não dentro da medicina, já que elas fazem com que o produto final fique mais caro, como explica Drauzio. “Nós só temos uma alternativa: focar o sistema de saúde na prevenção. Evitar que as pessoas envelheçam em mau estado de saúde”.

Confira mais no vídeo abaixo:

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