Obesidade afeta 7 milhões de crianças no Brasil e 224 milhões pelo mundo; como prevenir a doença?
Um dos maiores problemas da saúde pediátrica mundial, obesidade infantil preocupa pais, profissionais da saúde e especialistas
Um dos maiores problemas da saúde pediátrica mundial, obesidade infantil preocupa pais, profissionais da saúde e especialistas
Em uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizada em 2019, 16,33% das crianças brasileiras entre 5 e 10 anos se enquadram na categoria de obesidade infantil determinada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Atualmente, estima-se que quase 7 milhões de crianças apresentam excesso de peso no país.
“Segundo o Ministério da Saúde, viu-se que uma em cada 10 crianças brasileiras de até 5 anos está com o peso acima do ideal: são 7% com sobrepeso e 3% já com obesidade”, conta a nutricionista Karla Lacerda.
Uma das maiores causas desse problema, com certeza, é a má alimentação. 80% das crianças brasileiras de até 5 anos consomem alimentos ultraprocessados, como garante o Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil.
“Outro problema identificado pelos especialistas é a desobservância e descumprimento da exclusividade do aleitamento materno até os seis meses de idade, inserindo a criança no ambiente de alimentação não saudável mesmo antes dela estar apta a comer e introduzindo industrializados e ultraprocessados já durante os primeiros meses de vida”, explica Karla, que ainda aponta casos de nutrição inadequada desde a gestação desses bebês.
A nutricionista ainda aponta grande parte da ‘culpa’ para a indústria alimentícia, que a partir de impactos do marketing e políticas permissivas, concordou com esse cenário.
Uma das práticas mais efetivas, com certeza, é identificar o sobrepeso nas crianças e considerar isso um problema grave, o que em muitos dos casos acaba não acontecendo por parte de pais e responsáveis, e logo praticar uma mudança de rotina. Esses novos hábitos familiares serão importantes para que os pequenos se sintam confortáveis com essa nova fase: “se todos se sentam a mesa, sem telas, com alimentos saudáveis, se é um momento tranquilo e bom a criança replicará esse comportamento e desenvolverá uma relação melhor com a comida”, exemplifica a nutricionista Karla Lacerda.
Uma outra dica rica é fazer com que a criança conheça os alimentos; leve ela ao mercado e permita que ela escolha legumes, vegetais, frutas, hortaliças que farão parte do seu cardápio, tornando essa relação muito mais leve e fácil.