Publicidade

Novo exame detecta tumor maligno antes de cirurgia e evita intervenções desnecessárias na tireoide, aponta estudo

Estudo mostra que um exame específico consegue identificar mais profundamente o câncer na tireoide, prevenindo que sejam realizadas cirurgias investigativas no órgão

Estudo mostra que o exame conseguiu identificar mais profundamente o câncer na tireoide, prevenindo que sejam realizadas cirurgias investigativas no órgão
Novo exame detecta câncer antes e evita cirurgias na tireoide – Freepik

Um novo estudo publicado na revista The Lancet Discovery Science revela que um novo exame descoberto evita, em 52% dos casos, cirurgias na tireoide. Isso, porque ele tornou capaz identificar com mais certeza tumores benignos ou malignos, sem que haja a necessidade da intervenção mais agressiva.

Publicidade

Em um grupo de mais de 400 pacientes, realizaram, então, o novo teste genético. Baseado em microRNA, o exame consegue classificar a tireoide – e seus tumores – somente a partir do material coletado pela punção.

Atualmente, o procedimento para identificação de tumores é um exame de imagem, posteriormente acompanhado da pulsão. No entanto, ele ainda gera dúvidas a respeito de determinados tumores, fazendo com que o paciente vá para o centro de cirurgia ainda quando há apenas a possibilidade de ele ser maligno.

Por isso, o novo exame pretende acabar com essa cirurgia preventiva, de modo que somente pacientes com tumores malignos realizem a intervenção.

Novo exame da tireoide identifica câncer apenas com a pulsão, sem haver necessidade cirúrgica

No estudo, portanto, pacientes que os tumores geraram alguma dúvida nos médicos realizaram o novo teste. Assim, detectaram pelo exame que somente 20% destes estavam realmente com câncer, enquanto os outros 80% – que nos moldes tradicionais também realizariam a cirurgia de retirada do órgão – tiveram o diagnóstico de tumores benignos. Ao fim do estudo, conclui-se, então, que evitaram 75% das cirurgias.

Publicidade

Marcos Santos, responsável pela pesquisa, revela ainda que os níveis de acontecerem falsos negativos é muito baixo. “Há falsos positivos, mas falsos negativos são mais raros que na própria punção”, revela.

O novo exame ainda está sendo implantado em convênios de saúde particular, por cerca de R$4.500 reais, e busca, além disso, aprovação no Sistema Único de Saúde (SUS).

Publicidade