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Mulheres são mais propensas à depressão, explica estudo

Pesquisa do Ministério da Saúde comprovou índice apontado pela OMS de mulheres sendo maioridade nos casos de depressão e estudo aponta respostas para a causa

Pesquisa do Ministério da Saúde comprovou índice apontado pela OMS de mulheres sendo maioridade nos casos de depressão e estudo aponta respostas para a causa
Casos de depressão são maiores em mulheres – Pexels/Pixabay

A Pesquisa Vigitel, conduzida pelo Ministério da Saúde, comprovou dados da Organização Mundial da Saúde que afirma que mulheres são maioria em casos de depressão. Segundo o estudo brasileiro, portanto, revelou-se dados do país que reafirmam a teoria.

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Na última edição, então, mostrou que 11,3% pessoas no país sofrem com a doença. Enquanto, analisando somente o sexo feminino, esse número está em 14%, comparado aos 7% do sexo masculino.

Não só isso, o estudo comprovou que, além de serem o maior índice de pacientes com a doença, as mulheres ainda apresentam uma resposta pior aos medicamentos de tratamento.

Por que mulheres são mais propensas à depressão e respondem pior aos medicamentos?

Um novo estudo do Hospital Mount Sinai e das Universidades da Califórnia, de Princeton e de Laval, nos Estados Unidos e Canadá, buscou essa resposta. Segundo eles, tudo estaria ligado a uma diferença, entre homens e mulheres, nas regiões do cérebro ligadas à depressão.

Em pesquisas anteriores, afirmam que diferentes genes do NAc são ativados e desativados junto ao diagnóstico de depressão apenas em mulheres.

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Assim, eles dividiram a análise do novo estudo em dois grupos de camundongos fêmeas. O grupo que foi conduzido a uma relação social negativa apresentou, portanto, comportamentos relacionados à depressão que desencadeou mudanças nos genes do NAc, assim como nas mulheres.

“Em nosso modelo de roedores, interações sociais negativas mudaram os padrões de expressão gênica em camundongos fêmeas que espelhavam os padrões observados em mulheres com depressão”, explica Alexia Williams, uma das responsáveis pelo estudo.

Além disso, eles comprovaram que esses genes, quando desativados e aumentados, podem ajudar no tratamento da depressão. Eles, então, utilizaram um desses genes, que controla a proteína Rgs2 – responsável pelos neurotransmissores que agem junto de alguns medicamentos da doença – e comprovaram que “a função reduzida de proteínas como Rgs2 pode contribuir para sintomas difíceis de tratar em pessoas que sofrem de doenças mentais”, afirma Brian Trainor, outro responsável da pesquisa.

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A ideia, portanto, é desenvolver mais estudos nessa área, chegando a tratamentos mais efetivos, não só para as mulheres, mas pacientes em geral.