Mortes por dengue mais do que dobraram no Brasil, comparado com 2021
Brasília já possui a maior taxa de casos prováveis de dengue desde 1998, quando o Ministério da Saúde começou a rastrear a doença no país
Brasília já possui a maior taxa de casos prováveis de dengue desde 1998, quando o Ministério da Saúde começou a rastrear a doença no país
Em meio ao alerta com tantas doenças, o Brasil registra um outro cenário de preocupação com uma doença que afeta o país por muito tempo: a dengue. Transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, a dengue já é responsável por mais de 50 mil diagnósticos prováveis só em Brasília. Aliás, essa é a maior taxa desde quando o Ministério da Saúde começou a rastrear a doença no país, em 1998.
A situação preocupante se espalha por todo o país, já que, conforme dados do Ministério da Saúde, em seis meses o Brasil já teve 585 mortes por dengue. Esse número é mais do que o dobro de óbitos registrado ao longo de 2021, ano com 246 mortes pela doença. A taxa até 20 de junho de 2022 equivale a um aumento de 138%.
Só em São Paulo foram notificadas 200 mortes – o líder do ranking de óbitos por dengue no Brasil. Em seguida, estão Santa Catarina, com 66 óbitos, e Paraná, com 60. Mas, conforme o boletim do Ministério da Saúde, divulgado na sexta-feira, 24, o número de mortes pode ser ainda maior, já que há 216 óbitos sendo investigados.
Caracterizada por uma infecção febril aguda, um quadro de dengue pode ser agravado pelo vírus envolvido no quadro, se o paciente já teve a doença anterior ou por fatores de risco, como diabetes, asma brônquica e anemia falciforme, conforme a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS).
O Centro-Oeste é a região com a maior taxa de casos de dengue. Quando se olha para o Brasil como um todo, o crescimento dos casos até a metade de 2022 representou um aumento de 195,9% quando comparado com o mesmo período de 2021. Já são 1,72 milhão de casos prováveis da doença no país.