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Maternidade após os 35 anos: quais os riscos e benefícios?

Claudia Raia, Viviane Araújo e mais: profissionais trazem esclarecimentos sobre maternidade tardia

Maternidade após os 35 anos: quais os riscos e benefícios?
Maternidade após os 35 anos: quais os riscos e benefícios? – Foto: Freepik

Um levantamento realizado pelo Instituto Nacional de Estatísticas Britânico (ONS) em 2020 e divulgado em 2022 mostrou que, pela primeira vez na história, mais da metade das mulheres (50,1%) na Inglaterra completaram 30 anos sem ter filhos. Fato parecido vem ocorrendo também no Brasil e em outros países, em que é cada vez mais comum a maternidade tardia.

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Isso ocorre por inúmeros motivos: esperar a vida ficar mais estável, priorizar a carreira, não encontrar o parceiro ideal e por aí vai. Mas é preciso conhecer os prós e contras para que o sonho de ser mãe não fique tão distante, como explica o corpo médico da Clínica Engravida — rede de clínicas de reprodução humana fundada em 2008, que há 15 anos oferece tratamentos personalizados de reprodução assistida.

Se, por um lado, engravidar mais tarde pode ser considerado melhor por questões, como maturidade, estabilidade emocional e financeira, segurança, casamento, entre outros tantos fatores, engravidar a partir dos 35 anos já pode ser considerado tardio, pois as condições biológicas para a concepção e para a gestação começam a não ser as mais ideais.

“Para minimizar as chances de complicações, é de extrema importância conhecer todos os riscos envolvidos, além dos cuidados necessários e de acompanhamento constante de médicos e especialistas”, reforça Fabio Liberman, CEO e fundador da Clínica. Abaixo, buscamos trazer alguns temas importantes que ainda geram muitas dúvidas:

Quais são os reais riscos de engravidar depois dos 35 anos?

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Com o passar dos anos, além do envelhecimento dos óvulos e da diminuição progressiva da fertilidade — que ocorre de forma diferente para cada mulher — há maior propensão para algumas doenças que podem acarretar riscos para a gestação. A diminuição da fertilidade também se torna ainda mais significativa a partir dos 37 anos, por conta da queda da viabilidade cromossômica dos óvulos.

Entre elas, uma das mais frequentes é a hipertensão, provavelmente pela alteração vascular que acontece ao longo dos anos. Há também a diabetes gestacional que atinge de 5% a 7% as gestantes no Brasil e pode ocorrer pelo aumento da produção do hormônio lactogênio placentário — embora não seja algo exclusivo de quem tenha mais de 35 anos.

E, quando uma dessas doenças ocorre, a gestante fica mais exposta a um parto prematuro, principalmente se elas não forem controladas e acompanhadas.

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Além disso, quanto mais madura a mulher, maior o risco de fetos com alterações cromossômicas, como Síndrome de Down e abortos espontâneos.

Quais são os cuidados para a mulher que decide engravidar pela primeira vez de forma tardia, ou seja, com mais de 35 anos?

Os cuidados prévios são superimportantes. Aliás, o ideal é que as mulheres realizem avaliações e consultas pré-concepcionais, ou seja, antes mesmo da concepção. Por isso, assim que decidir engravidar ou quando estiver chegando perto dos 35 anos, por exemplo, e tiver o desejo de se tornar mãe, a mulher deve procurar um médico especialista.

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Nas primeiras consultas, os médicos podem pedir uma bateria de exames para um check-up completo, além do início da suplementação de algumas vitaminas importantes para a concepção. É importante realizar os exames e seguir as orientações do especialista corretamente.

Se não engravidar de forma natural depois dos 35 — quais são os próximos passos?

Após 6 meses de tentativas regulares e durante o período fértil, é indicado fazer uma avaliação complementar. Caso seja encontrada alguma alteração, pode ser que o médico especialista indique algum tratamento; isso se ele aumentar as chances de sucesso. Vale dizer que 80% dos casais engravidam em 12 meses e, 90%, em 24 meses de tentativas.

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Quais são os tratamentos mais indicados? A indicação do tratamento vai variar de acordo com os resultados da avaliação de cada paciente e o “peso” dos custos, com relação aos benefícios para cada pessoa envolvida no processo.

Quais são os tratamentos possíveis quando a gravidez não ocorre naturalmente?

Além da FIV — que é um dos tratamentos mais procurados pelos pacientes da Clínica Engravida — existem outros tratamentos de reprodução humana no Brasil.

Dentre eles, e além da própria fertilização in vitro, a Engravida — que é uma das maiores clínicas de reprodução humana do Brasil — oferece: relação sexual programada (com estimulação ovariana controlada), inseminação intrauterina, congelamento de óvulos, sêmen e embriões. Lembrando sempre que cada tratamento deve ser recomendado por um especialista, caso a caso, e não realizado indiscriminadamente, sem indicações.

Existe uma idade-limite para realizar a Fertilização in Vitro?

Embora a FIV seja uma das técnicas mais bem-sucedidas para a geração de embriões, as chances de sucesso diminuem de acordo com a idade. Mas não existe uma idade-limite.

De fato, não existe nenhum dado científico que delimite uma idade como ponto de corte para nenhuma conduta. A qualidade cromossômica dos óvulos cai progressivamente e se torna mais sensível a partir dos 40 anos, até a menopausa — que, em brasileiras, ocorre em média aos 50 anos.

Muitas coisas já mudaram na ciência e na medicina, como vimos com o surgimento e a evolução da própria FIV, entre outros tratamentos, mas uma coisa não muda com o passar dos anos: o desejo e o sonho de se tornar mãe que muitas mulheres ainda percorrem — mesmo que atrasem um pouco os planos. Os receios, as dúvidas e as alegrias da maternidade também são os mesmos, mas é preciso procurar informações com especialistas, além de cuidar da própria saúde.