Publicidade

Infectologista tira dúvidas sobre os tipos de pneumonia, sintomas e tratamento

Infectologista explica que a pneumonia viral do Presidente foi causada pelo vírus influenza, evoluindo para uma pneumonia bacteriana; entenda

Infectologista tira dúvidas sobre os tipos de pneumonia, sintomas e tratamento
Infectologista tira dúvidas sobre os tipos de pneumonia, sintomas e tratamento – Foto: Freepik

De acordo com a infectologista pediátrica Cristiana Meirelles, gerente médica da Beep Saúde, existem três tipos de pneumonia: viral, bacteriana e fúngica. Você sabe a diferença entre elas?

Publicidade

“No caso do Presidente Lula, começou como pneumonia viral causada pelo vírus influenza, que se complicou com uma pneumonia bacteriana”, entrega a médica, afirmando que a causa da pneumonia é uma inflamação dos pulmões, que tem como consequência o acúmulo de secreção e pus nos alvéolos (locais em que as trocas gasosas acontecem). Segundo ela, isso explica porque pessoas com pneumonia ficam com dificuldade de respirar.

Devido a uma coinfecção do Presidente, ou seja, pneumonia viral e bacteriana e, como é idoso, tem indicação de tomar o Tamiflu e também tratar a infecção bacteriana com antibiótico, explicando sua internação em São Paulo.

Confira os tipos de pneumonia, sintomas e tratamento

Dentre os principais sintomas da pneumonia estão febre, tosse, falta de ar, dor e/ou dificuldade para respirar, tosse com secreção, muco amarelado ou esverdeado, dor de cabeça e dor no corpo.

“Nos casos mais graves pode haver prostração, sinais de toxemia (infecção generalizada) e confusão mental”, comenta a especialista. Cristiana explica que, no caso do Presidente Lula, no início teve sintomas gripais causados pelo vírus Influenza.

Publicidade

“Esse vírus deixa o trato respiratório mais vulnerável a infecções secundárias, como a infecção por bactérias. A gripe, na grande maioria das vezes, evolui só com sinais de obstrução nasal, febre, dor de cabeça, tosse, dor no corpo e dura cerca de uma semana/dez dias, melhorando espontaneamente. Em alguns casos, dependendo de fatores de risco como idade avançada, uso de tabaco, álcool, comorbidades, gestação ou em crianças muito pequenas, essa infecção pode se complicar com pneumonia viral (pelo próprio vírus influenza) seguida de uma infecção secundária (pneumonia bacteriana)”.

Segundo a médica, não é comum contrair ambas as doenças, mas ocorre, principalmente, em pessoas com fatores de risco como idosos, imunocomprometidos, crianças pequenas e indivíduos com comorbidades. “Como expliquei anteriormente, o vírus ‘abre caminho’, deixando o trato respiratório mais vulnerável a infecções secundárias, como a infecção por bactérias”, acrescenta.

A infectologista reforça que é possível prevenir a gripe por meio da vacinação contra Influenza. Segundo ela, em meados de abril, deve estar disponível, nos postos de saúde, a vacina trivalente, que contém três cepas do vírus Influenza.

Publicidade

“No entanto, nas clínicas privadas, já existem as vacinas quadrivalentes, que possuem proteção ampliada, protegendo contra duas cepas do A e duas cepas do B”, alerta.

Por fim, Cristiana adverte. “É muito importante que todos, a partir dos seis meses de idade, realizem a vacinação contra gripe para diminuir as chances de infecção pelo vírus e, havendo a infecção, reduzir a possibilidade de complicações. Não há contraindicação, a não ser que haja reação alérgica grave à vacinação anterior.”

Publicidade