A influenciadora Virgínia Fonseca vem apresentando queixas de enxaqueca, aos quatro meses de gravidez. Médica explica se condição é mais preocupante na gestação
Os últimos dias da influenciadora Virgínia Fonseca têm sido marcados por fortes dores de cabeça. Com o agravamento do quadro de saúde, a mãe de Maria Alice, que acabou de completar quatro meses de sua segunda gestação, precisou ser internada para ser observada e receber medicamentos. Em nota, o hospital onde Virginia está hospitalizada falou sobre o estado de saúde da empresária: “O Hospital Vila Nova Star informa que a senhora Virgínia Pimenta da Fonseca Serrano está internada desde o dia 15 de maio de 2022 devido a um quadro de cefaleia refratária à analgesia convencional”.
Dos 140 milhões de brasileiros que sofrem com a incômoda dor de cabeça, 30 milhões são afetados pela enxaqueca, conforme a Sociedade Brasileira de Cefaleia. Grávida ou não, as crises são mais frequentes em mulheres jovens, conforme afirma a neurologista pela Santa Casa de São Paulo, Dra. Natália Longo. Desde sábado, 14, Virgínia vem compartilhando com o seu público no Instagram queixas de dor de cabeça. “Virou uma crise pesada de enxaqueca mesmo. Isso já tem oito dias, que eu estou com dores”, disse, na rede social.
Se você está se perguntando se crises de enxaqueca são mais preocupantes durante a gestação, a resposta da Dra. Natália é: sim. “Na realidade, qualquer sintoma fora do habitual na gravidez é um sinal preocupante, pois uma dor de cabeça na gestação é necessária que nós façamos uma investigação para descartar que a paciente esteja apresentando uma dor de cabeça secundária às mudanças que ocorrem no corpo, devido a gestação, para depois pensarmos em dores de cabeça mais comuns, como a enxaqueca”, explica a médica.
Para as futuras mamães que já sofriam com a condição antes da gravidez, é importante tomar alguns cuidados mais especializados. Conforme a médica, que também é neurofisiologista pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), é preciso evitar gatilhos, como: “Não ficar muito tempo sem se alimentar, dormir bem e evitar situações de estresse”.
Antes de ser internada, a esposa do cantor Zé Felipe relatou que não tomou medicamento com o início dos sintomas. “O que acontece é que eu odeio tomar remédio, então quando eu comecei a sentir dor de cabeça, fiquei naquela de ‘vai passar’ e não passou”, disse Virgínia. Quando se trata de remédios, mulheres grávidas não devem usá-los sem orientação médica, como ressalta a Dra. Natália. “Durante a gravidez, muitos medicamentos não podem ser utilizados porque podem afetar na formação do bebê”.
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No hospital, Virgínia está recebendo o tratamento adequado. Em stories recentes, a influenciadora explicou está utilizando um adesivo analgésico no pescoço. “A paciente está no quarto, estável e consciente, recebendo medicações venosas para controle da dor. A avaliação obstétrica diária demonstra que a gestação transcorre normalmente, sem intercorrências, e o feto encontra-se com boa vitalidade”, comunicou a equipe hospitalar, em nota.
Sobre a fonte:
Dra. Natália Longo – médica neurologista e neurofisiologista graduada em medicina pela Universidade Federal do Pará. Residência médica de neurologia clínica na Santa Casa de São Paulo. Título de especialista em Neurofisiologia pela Sociedade Brasileira de Neurofisiologia Clínica (SBNC). Fellowship no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) em neurofisiologia com ênfase em epilepsia, eletroencefalograma e videoeletroencefalograma.
