Fiocruz participa de projeto de tratamento injetável contra HIV
O projeto de tratamento injetável contra HIV será aplicado no Brasil e na África do Sul
O projeto de tratamento injetável contra HIV será aplicado no Brasil e na África do Sul
O Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) está participando de um projeto que busca um tratamento inovador contra o HIV, vírus da imunodeficiência humana. O financiamento será feito pela agência internacional Unitaid, que também lançará a ação na África do Sul.
O tratamento consiste na alternativa injetável da profilaxia pré-exposição (PrEP) – cabotegravir de ação prolongada – ao invés da oral, já que a aplicação de seis injeções anuais se mostrou mais eficaz contra o vírus. “A agência Unitaid anuncia um acordo para começar a usar na África do Sul e no Brasil uma injeção que protegerá os usuários do HIV por oito semanas“, disse Hervé Verhoosel, porta-voz da Unitaid em Genebra, em anúncio na última sexta-feira, 18.
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De acordo com a Unitaid, 30% de pessoas transsexuais e 18% dos homens que têm relações sexuais com homem sofrem com HIV no Brasil. Por isso, esse será o público-alvo do projeto, na faixa etária de 18 a 30 anos. Na África do Sul, o grupo prioritário e considerado mais vulnerável será composto por adolescentes e mulheres jovens.
O acesso da população mundial à PrEP encontra-se abaixo da meta da Organização das Nações Unidas (ONU). “A PrEP com Cabotegravir de longa duração (CAB-LA) é uma estratégia nova e poderosa que pode realmente fazer a diferença no controle da epidemia de HIV/Aids”, disse a chefe do laboratório de Pesquisa Clínica em DST e Aids do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), que irá coordenar o projeto, Beatriz Grinsztejn.