Fevereiro Roxo: No mês de conscientização do Mal de Alzheimer, epecialista afirma: “Importante é trazer essa discussão”
A doença, que afeta a memória e as capacidades cognitivas, ainda não tem uma cura definitiva
A doença, que afeta a memória e as capacidades cognitivas, ainda não tem uma cura definitiva
Tal qual outros meses mais “consolidados”, como por exemplo o outubro rosa e novembro azul, em fevereiro se “celebra”, entre outras lutas, o Fevereiro Roxo, que serve como o mês de conscientização sobre o Mal de Alzheimer.
A doença degenerativa, que afeta o cérebro, principalmente na área das memórias e das capacidades cognitivas, afeta aproximadamente 1 milhão e 200 mil pessoas só no Brasil, sendo mais de 35 milhões no mundo.
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Apesar disso, ainda não existe uma cura definitiva, apenas tratamentos médicos para diminuir os efeitos da doença, além de exercícios cerebrais feitos ao longo da vida para prorrogar o surgimento dos sintomas.
O neurocirurgião Dr Fernando Gomes conversou com o Viva Saúde e explicou um pouco mais como o Mal de Alzheimer se manifesta.
Ele começou falando sobre quais são uns dos sintomas que podem caracterizar o surgimento da doença: “Outros sintomas além da perda de memória são a desorientação espacial, redução da atenção e diminuição da velocidade de resposta“.
Outro assunto abordado foi em questão do tratamento. Como dito, ainda não há uma cura definitiva, mas há estudos em todo o mundo para descobrir um medicamento capaz de impedir a doença: “Estamos em um processo de entendimento da doença e, do ponto de vista biológico e mocelular, a cura definitiva ainda está distante, mas progressivamente temos hoje bem mais opções de tratamento para alívio dos sintomas e tratamento da doença a longo prazo”
“A adoção de estilo de vida saudável e a estimulação constante do cérebro através do hábito de aprender diversas coisas sempre, ler constante, manter uma comunicação ativa , ouvir musica e consumir arte e entretenimento de modo geral. Tudo aquilo que faz o cérebro trabalhar é importante e fundamental para manter a cognição em alta“, completou ao responder sobre o que é possível se fazer para atrasar as manifestações.
Um dos maiores desafios também nessa batalha é, com toda certeza, o lado familiar.
Com o Alzheimer atacando a memória, às vezes, o processo fica tão doloroso para a família quanto para o enfermo.
Mesmo asim, o apoio e a força são fundamentais para o tratamento, como disse o médico: “Quando a família entende tudo sobre o diagnóstico tudo fica mais fácil, mas é essencial a organização de uma estratégia familiar de divisão de tarefas para envolvimento de todos, sem que haja desgaste e sobrecarga de um só membro familiar”.
O Alzheimer ganha um foco a mais nas comunidades médicas por conta do envelhecimento da população. No mundo todo, as pessoas estão vivendo mais, o que se exige cuidados e avanços no setor da gerontologia. Por isso a corrida pela cura se torna cada dia mais fundamental.
O Dr Fernando segue na mesma linha e justificou: “O processo natural de diminuição de habilidades físicas e mentais acontece naturalmente, normalmente após os 65/70 anos. E esse numero é crescente conforme a idade passa. Acima de 85 anos, 40% da população terá um diagnostico de demência e, cerca de metade dessas demências podem ser Alzheimer”.
Por fim, o neurocirurgião comentou sobre a importância de ter um mês para a conscientização da doença: “O mais importante é trazer essa discussão, em especial nesta época em que tudo se resume a coronavirus as outras doenças não podem ser deixadas de lado. A longevidade já têm se tornado cada vez maior cada vez mais, então com essa sobrevida é preciso se cuidar e sempre se atentar aos sinais”.