Fatos sobre a memória: Ciência prova que capacidade de guardar informações melhora com a idade
Quem se exercita com frequência antes dos quarenta anos preserva o volume cerebral intacto décadas depois
Quem se exercita com frequência antes dos quarenta anos preserva o volume cerebral intacto décadas depois
Tem percebido sua memória pior do que o usual durante essa quarentena?
Pessoas boas em lembrar coisas e momentos provavelmente herdaram essa capacidade de seu pai, mãe ou um parente próximo – afinal, ela é genética, sabia?
Mas é possível que esse sistema falhe em momento de estresse, como o que estamos passando atualmente. Além disso, a memória tem muitos fatos que a maioria das pessoas desconhecem.
Primeiramente, jovens – como na faixa dos vinte anos – podem sim ter problemas para memorização. Dependendo do estilo de vida (como comportamentos agressores como consumo exagerado de álcool, sedentarismo e tabagismo), o cérebro pode se tornar menos ágil de acordo com um estudo da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos.
Também, existe a falsa premissa de que a memorização de informações piora com a idade. Mas a ciência provou o contrário: a capacidade do ser humano de acessar seu “arquivo” de conhecimentos e habilidades chega ao auge entre os sessenta e os setenta anos. Os jovens são mais rápidos para encontrar os dados armazenados, porém o excesso de estímulos faz com que eles se percam no meio do caminho.
Como uma prova, um estudo da Clínica Mayo, nos Estados Unidos, com voluntários entre trinta e noventa e cinco anos, revelou que a partir dos quarenta anos, o hipocampo das mulheres (área que armazena as informações recentes) cresce por causa do hormônio feminino estrogênio.
TRAUMA E ESTRESSE
Além disso, numa situação de perigo, o cérebro é orientado pelo nosso instinto de sobrevivência a usar toda a sua capacidade cognitiva. Resultado: o armazenamento das informações fica prejudicado. É por isso que, depois de passarem por um trauma, algumas pessoas não conseguem lembrar o que aconteceu.
E, pesquisadores da Universidade de Pittsburg, nos Estados Unidos, observaram uma redução no tamanho do hipotálamo de mulheres que, ao longo de vinte anos, viveram muitas situações de tensão. A boa notícia é que praticar atividades como ioga, meditação e tai chi chuan ou, ainda, descobrir um hobby que acalma consegue reverter esse quadro de atrofia mental.
“DEU BRANCO!”
O famoso “deu branco” – quando o nome daquela música ou ator que você sabe de cor foge à mente – também tem lógica. A memória funciona como uma biblioteca, e, quanto mais dados são acumulados, mais difícil para o cérebro encontrar a resposta certa no tempo ideal.
Então, respire fundo e tente relaxar. As informações desejadas logo serão localizadas. Faça o mesmo numa prova ou reunião de trabalho para baixar os níveis de cortisol – o hormônio do estresse joga contra a memória.
EXERCÍCIO FÍSICO
Além disso, quem se exercita com frequência antes dos quarenta anos preserva o volume cerebral intacto décadas depois: movimentar o corpo faz com que o coração bombeie mais sangue e oxigene melhor a cabeça. Andar já ajuda. Praticar quarenta minutos por dia, três vezes por semana, aumenta o hipocampo em 2%, no período de um ano, segundo estudo do Instituto Nacional de Envelhecimento.
Exercitar a mente por toda a vida, reservando também diariamente um tempinho para relaxar é essencial para quem quer ter um raciocínio rápido e arrasar nas palavras cruzadas sempre.