Consegue imaginar um embrião formado em laboratório? Sim, ele já está sendo criado e evolui cada dia mais; confira!
Pesquisadores da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, avançam na criação de um embrião sintético – ou seja, sem ter um óvulo e um espermatozoide fecundados. Dessa vez, então, o que eles batizaram de embriões-modelo de camundongos já tem um coração e um cérebro pulsante!
Segundo o estudo, o feito foi possível após eles recriarem, em laboratório, o processo natural de formação de um embrião. Neste modelo, portanto, eles utilizaram células-tronco encontradas ainda nos estágios iniciais da formação de mamíferos.
“Muitas gestações falham nessa época, antes que a maioria das mulheres perceba que está grávida”, explica Magdalena Zernicka-Goetz, uma das responsáveis pela pesquisa. “Esse período é a base para tudo o que se segue na gravidez. Se der errado, a gravidez falhará”.
Isso porque é neste momento em que as células começam a se organizar até formarem o saco vitelino, e, principalmente, um cérebro e um coração pulsante, que funcionam. Assim, nas primeiras semanas, o embrião começa de fato se desenvolver e obter nutrientes para evoluir.
Com o sucesso desse modelo de embrião sintético, já que foi o primeiro criado que evoluiu dessa forma, os pesquisadores pretendem evoluir a pesquisa para embriões humanos.
Além disso, a pesquisadora Magdalena também aponta que o estudo e a criação de embriões sintéticos humanos pode ajudar em transplantes. “O que torna nosso trabalho tão empolgante é que o conhecimento que sai dele pode ser usado para cultivar órgãos humanos sintéticos corretos para salvar vidas que estão atualmente perdidas”, finaliza.
