Teste genético x envelhecimento saudável: exame diagnostica doenças de pele
Com diagnóstico obtido pelo teste genético, é possível prevenir e tratar o surgimento de mutações, doenças autoimunes e disfunção de barreira da pele
Com diagnóstico obtido pelo teste genético, é possível prevenir e tratar o surgimento de mutações, doenças autoimunes e disfunção de barreira da pele
Já ouviu falar em teste genético e o impacto que ele tem na área da saúde e do envelhecimento saudável? Vamos conversar sobre ele!
A evolução não cessa dentro da medicina e, na beleza, essa intensidade tem seus bônus e seus ônus, entre eles, o aprimoramento dos tratamentos e a realização de procedimentos sem ponderação, respectivamente.
O conceito de beleza deve se alinhar à saúde e à autoestima, e, principalmente, ao autoconhecimento. “A autoestima é o sistema imunológico do cérebro. Quando ela está elevada, consegue-se mudar outros aspectos e hábitos, sempre para o melhor, o que leva a um envelhecimento saudável”, afirma Geisa Costa, médica dermatologista, membro da Sociedade Latino Americana de Dermatologia Pediátrica e membro da Sociedade Brasileira de Laser.
+++ Pãozinho de mandioquinha com chia substitui o pão francês e é fácil de fazer
+++ Quatro hábitos que podem te ajudar a manter o intestino saudável; Confira
Foi o que apontou o estudo O Processo de Envelhecimento Facial de Dentro Para Fora, do Aesthetic Surgery Journal, da Universidade de Oxford, do Reino Unido. Os sinais de envelhecimento podem afetar as relações interpessoais, influenciando o caráter percebido, traços de personalidade, ou contribuindo para emoções erroneamente projetadas (por exemplo, raiva, cansaço ou tristeza) que não refletem os verdadeiros sentimentos do indivíduo.
Olhando para o futuro, a pergunta que fica é: como evoluir sem perder o único? Não adianta chegar a um especialista, levar uma foto de alguém e querer aquela boca ou aquele nariz; nem fazer diversos tratamentos para melhorar o viço; se a pessoa não tem uma alimentação equilibrada e ainda faz procedimentos que a deixam irreconhecível no resultado final.
O estudo Ressignificando o Envelhecimento na Dermatologia: o papel do dermatologista no envelhecimento saudável, do International Journal of Women’s Dermatology, dos Estados Unidos, aponta que o processo de envelhecimento saudável é diferente para cada pessoa, e suposições não devem ser feitas com base na idade, capacidade funcional ou aparência.
Existem, no entanto, várias áreas-chave em que a mudança positiva no estilo de vida pode melhorar a saúde da pele.
E aí entra o teste genético, que já vem sendo utilizado há muito tempo para a paternidade, para a prevenção de doenças do envelhecimento, como o Alzheimer, e hereditárias, como o câncer. Além de tudo isso, vem sendo indicado para identificar a causa de alguns problemas de pele, como a disfunção de barreira, que pode trazer secura, o que pode levar a vermelhidão, descamação e coceira.
O teste genético, por meio da análise de um exame de sangue, realizado em laboratório, sem jejum, diagnostica o dano ao DNA e ao comprimento dos telômeros, parte que forma as extremidades dos cromossomos e que vão encurtando com o envelhecimento. Os danos na funcionalidade do DNA podem levar a mutações, originando tumores, doenças autoimunes e disfunção de barreira da pele e à morte celular, que diminui o comprimento dos telômeros.
Assim que sai o diagnóstico, a pessoa é direcionada para o dermatologista, nutrólogo e/ou médico integrativo, pois essas áreas conseguem ter uma estimativa da idade biológica da pessoa e saber quais pontos podem ser trabalhados para fortalecer, manter ou melhorar o comprimento dos telômeros.
“Precisamos acabar com aquele mito de que você pode usar o mesmo produto que a sua amiga. Até mesmo as gêmeas têm necessidades diferentes. Não é só como você cuida da pele, mas como você cuida da sua mente, do que você come…até sua digestão pode interferir na absorção de nutrientes e isso se refletir na pele. Quando você hiperpersonaliza algum tratamento, você consegue um resultado certeiro e, claro, único”, define Geisa Costa.
E como saber se está dando resultado?
Além do acompanhamento médico, precisa refazer o teste. Dependendo do resultado, a indicação é entre três a seis meses, pois, assim, mantém ou muda os protocolos, caso as necessidades para aquele problema estejam controladas ou resolvidas.
Só com a singularidade e o autoconhecimento podemos nos aprofundar em nós mesmos e, assim, alcançar a verdadeira beleza, que começa de dentro para fora. “Como você faz os seus treinos na academia com frequência para obter resultados, também precisa tratar da pele com essa regularidade, enfatiza a especialista”, que conclui. “A pele, a beleza e a autoestima também funcionam assim. Um estímulo constante com pitadas de questionamentos. É ter um acompanhamento preventivo, não deixar uma queixa piorar para procurar ajuda, já que tudo pode resultar em alta e baixa autoestima.”