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Em estágio inicial, pesquisa brasileira desenvolve vacina para dependentes químicos

Estudo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) avança no desenvolvimento da vacina para dependentes químicos

Em estágio inicial, pesquisa brasileira desenvolve vacina para dependentes químicos
Em estágio inicial, pesquisa brasileira desenvolve vacina para dependentes químicos – Foto de Polina Tankilevitch no Pexels

Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) traz boas notícias à ciência brasileira. Acontece que estudiosos da instituição estão desenvolvendo uma vacina para dependentes químicos. Os pesquisadores buscam fazer um imunizante capaz de amenizar os efeitos da cocaína e do crack no organismo das pessoas.

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Segundo informações divulgadas pelo G1, o primeiro passo do desenvolvimento da vacina já foi dado: o teste em animais já foi feito. Ao G1, Raíssa Lima pesquisadora da UFMG, explicou que já foi identificada a eficácia do imunizante em animais roedores e não roedores.

Desenvolvido a partir de moléculas modificados da própria droga, a vacina induz o sistema imune a produzir anticorpos que se ligam à droga. Nos animais, essa ligação impede a passagem das moléculas da droga na estrutura que regula o transporte entre o sangue e o sistema nervoso central.

Pesquisa brasileira desenvolve vacina para dependentes químicos

O pesquisador Frederico Garcia esclarece que há a possibilidade de manter crises de abstinência, mas a tendência é que a compulsão seja interrompida. Assim, o usuário teria mais condições físicas para fazer o tratamento contra a dependência química.

“Vai ser um medicamento que vai retardar esse reacionamento do sistema de recompensa, que é o que leva a dependência. Então, a gente permite o paciente ganhar um tempo entre a abstinência e retomar a vida dele, fazendo com que as recaídas, quando elas acontecem, elas não liguem de novo esse sistema e façam com que ele tenha de novo a compulsão pela droga”.

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Para que seja possível fazer o teste em seres humanos, os pesquisadores precisam pedir um aval da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).