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Dossiê Covid-19 na Europa: Veja como os principais países estão enfrentando a nova onda da doença

Após a primeira onda ter sido contida, a Europa vê os números subindo cada vez mais, mostrando que a guerra ainda não foi vencida

Coronavírus na Europa – Anna Shvets

Desde março deste ano, mais ou menos, quando o Coronavírus saiu da China e virou um problema de nível mundial, os países têm adotado medidas diversas para controlar a doença, seja com lockdown, medidas de distanciamento social, fechamento dos comércios e por aí vai.

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A Europa, na primeira onda, sofreu e tinha virado o foco da pandemia, porém, já mais para o segundo semestre do ano, eles conseguiram, de certa forma, controlar a doença, vendo as curvas caírem e as suas vidas voltando ao normal, dando a sensação de que a Guerra contra a Covid-19 havia sido vencida.

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Porém, a história mostrou que não foi bem assim. Desde o começo de outubro, o continente volta ao centro das atenções ao ver a chegada de uma nova onda de contágios, fazendo com que governantes e autoridades de saúde procurassem novos meios para não ter que voltar com lockdown ou medidas mais severas.

O VIVA SAÚDE, então, preparou um dossiê sobre como está a situação dos principais países europeus no combate ao que é chamada de “segunda onda” da Covid-19 no continente.

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A SITUAÇÃO DOS PRINCIPAIS PAÍSES EUROPEUS NO COMBATE À SEGUNDA ONDA DO CORONAVÍRUS

IRLANDA

O país é considerado por alguns estudiosos como um novo foco de doenças da Europa. Ele, que faz parte do Reuno Unido, na primeira onda de contágio atingiu quase a marca de 2 mil mortos.

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A nova onda começou a ser observada no início do mês de outubro. Agindo rápido, os governantes já impuseram novas regras para tentar evitar o colpaso de hospitais.

Entre as cidades que adotaram o novo lockdown, está a capital Dublin, no qual as regras está a obrigatoriedade da máscaras, restaurantes funcionando apenas via delivery, além da proibição de aglomerações, mesmo nas casas, podendo fazer com que os responsáveis paguem uma multa bem salgada caso infrinjam a lei. Em casos mais graves, a pena pode chegar até a prisão, caso não sejam cumpridas as regras.

FRANÇA

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Na primeira onda, o país dos museus e das artes chegou a dividir o posto com a Itália de principal foco da doença.

Os Le Bles (“Os azuis”, em tradução livre, como são conhecidos no futebol) impuseram regras rígidas, como um lockdown, e uma patrulha rigorosa, para controlar o distanciamento social, o que ajudou, de certa forma, a controlar os números.

Agora, a França atingiu a marca de 1 milhão de contaminados, tendo mais de 35 mil mortes. O presidente Emmanuel Macron deve anunciar, a qualquer momento, as novas regras de isolamento para a nova onda. Ao que indica, será mais leve que a primeira, podendo funcionar escolas e serviços públicos.

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A maior preocupação é com o sistema de saúde, que pode entrar em colapso, caso não controlada a doença. Os Centros de Terapia Intensiva já estão com quase 6 mil leitos ocupados e uma média de 50 mil casos por dia.

ALEMANHA

Os germânicos podem adotar medidas similares aos vizinhos franceses. O país, que foi tido como exemplo a ser seguido nas medidas restritivas e que conseguiram impedir, de certa forma, um colpaso maior, encara com preocupação um segundo surto.

Os dados mostram uma certa semelhança à primeira onda, como números melhores que Espanha e França, por exemplo, tendo recorde de casos em apenas 24h, com 15 mil novos diagnósticos.

Diversos portais colocam como certo novas imposições restritivas pelo governo de Angela Merkel, mas será menos severa em comparação àquela primeira, como por exemplo, sendo liberado o funcionamento das escolas.

ESPANHA

O país também teve sérias dificuldades na primeira onda, chegando perto de ter seu sistema hospitalar em colapso. A crise financeira também afetou muito o país, que já tinha outros problemas sociais antes da pandemia.

Agora, o governo espanhol decretou emergência para conter a segunda onda de contágio. Na última semana, o país registrou recorde de casos em mais de seis meses. A medida mais severa foi um toque de recolher noturno, que duraria das 23h às 6h, por seis meses. Além disso, o governo deu autoridade para os estados colocarem novas imposições, como o fechamento de bares os restaurantes e a proibição de reuniões com 6 pessoas ou mais.

PORTUGAL

O país foi dado como o que melhor lidou com a primeira onda de contágios. As medidas do presidente Marcelo Rebelo de Sousa, adicionada com mais de 90% da população acatando ao lockdown, os lusos passaram com certa segurança.

Porém, o país já encara com medo uma segunda onda e que os resultados sejam mais graves que antes. Em outubro, eles registraram a segunda maior onda de contágios desde o começo da pandemia. As autoridades ainda estudam novas sanções para conter a nova onda.

ITÁLIA

O primeiro Estado do ocidente a se tornar foco da doença, a Itália entrou em colapso em seu sistema hospitalar e funerário, tendo números realmente alarmantes.

Agora, o risco de uma segunda onda é real, já que os dados atuais superam os recordes desde maio, o que fazem com que o governo planeje medidas de contenção. Mas esbarra com uma pressão popular, que é contra um novo lockdown. Até agora, bares e restaurantes voltaram a fechar as portas e funcionar, apenas, via delivery.

As internações também geram preocupações. Atualmente, mais de 14 mil pessoas estão internadas com a doença, sendo mais de mil em UTI’s. Como comparação, os casos de internação em unidades de terapia intensiva com a doença chegou a 40, em agosto.

RÚSSIA

Ao falarmos sobre a Rússia e sobre a Covid-19, muitos já lembram da produção da vacina, mas o país também está sofrendo com essa nova onda da Europa.

Eles são o 4º país no mundo com o maior número de casos, atrás de Estados Unidos, Brasil e Índia, além de, com frequência, bater seu recorde com os números de óbitos e novos casos.

A situação fez com que o governo de Vladimir Putin tornasse obrigatório o uso de máscaras em público. Eles ainda proibiram eventos fechados e limitaram o funcionamento dos restaurantes.

INGLATERRA

Outro país que sofreu muito com a pandemia foi a Inglaterra, ocupando por muito tempo, as primeiras posições em números de casos e de mortes pela doença.

Na última semana, a Terra da Rainha viu os números de mortes atingirem números que não eram vistos desde maio, no ápice da pandemia no país. Esses dados pressionam o governo de Boris Johnson a adotar um segundo lockdown — que, por sinal, já fora adotado em países vizinhos: Irlanda e Escócia.

O primeiro ministro inglês ainda não sabe o que vai fazer, mas a imprensa local especula que uma espécie de “semi-lockdown” será adotado, permitindo certas atividades.