DIU de cobre: ginecologista desvenda os mitos e as verdades sobre o método contraceptivo

O especialista explica que o dispositivo é seguro, eficaz e que satisfaz as necessidades contraceptivas da maioria das mulheres

DIU de cobre: ginecologista desvenda os mitos e as verdades sobre o método contraceptivo – Freepik

Depois de cinco décadas de desenvolvimento, onde não faltaram críticas e mal-entendidos, o dispositivo intrauterino (DIU) de cobre se sobressai hoje como o método anticoncepcional reversível mais usado no mundo: cerca de cento e setenta milhões de usuárias, ultrapassando de longe a pílula anticoncepcional que tem cerca de cento e dez milhões de usuárias, segundo informações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

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É um método eficaz, prático, sem hormônios, que satisfaz as necessidades contraceptivas da maioria das mulheres.  Entre as vantagens do uso do DIU de cobre estão o longo tempo de ação – em média dez anos –, baixo índice de gravidez, intervenção única para seu uso e poucos efeitos indesejados.

E, para desvendar os mitos e as verdades sobre o assunto que pode ser empecilho para que o DIU de cobre seja escolhido, o ginecologista e obstetra Dr. Rodrigo Ferrarese respondeu algumas dúvidas:

O DIU é seguro?
Sim, o Diu é super seguro. Tanto em eficácia, porque protege mais que a camisinha, pílulas e injeções, quanto em chances de complicações,  que são raras. O DIU hormonal protege tanto quanto uma laqueadura ou vasectomia. O importante é que a paciente esteja atenta, que ele não previne infecções ou doenças sexualmente transmissíveis.

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Quem não pode usar o DIU?

O método não deve ser utilizado em pacientes que tenham suspeita de gravidez, que possuam má formação uterina, infecções genitais sem tratamento, sangramento uterino sem causa esclarecida ou alergia a algum material do DIU. 

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Também não deve ser usado por pacientes com doenças  relacionadas ao metabolismo do cobre ou menstruação excessiva, porque o sangramento pode aumentar. Pacientes com histórico pessoal de tumores ficam restritos ao uso desse cotraceptivo.

O DIU é abortivo?
Não. O DIU cria um ambiente hostil para o espermatozoide, que não consegue sobreviver para encontrar o óvulo.

O DIU pode deixar a mulher infértil?
Também não. Ele não interfere na fertilidade da mulher. Ao retirá-lo, já é possível engravidar no ciclo seguinte. As dificuldades para engravidar podem ocorrer somente se tiver alguma complicação, o que é raro.

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O DIU influencia na menstruação?
Sim. O DIU de cobre pode aumentar o fluxo menstrual, enquanto o DIU hormonal costuma fazer com que a menstruação cesse e haja irregularidade menstrual.

O DIU pode sair do lugar?
Infelizmente, sim. Ele pode ficar deslocado dentro do útero ou pode ser expulso completamente. Em ambas as situações, o comum é a paciente apresentar cólicas e sangramentos, que nos faz pensar nessa possibilidade e intervir a tempo.

Na relação sexual, o homem pode sentir o DIU?
Não. Raramente ele pode sentir o fio do DIU, que fica no fundo da vagina. Se isso ocorrer, só conversar com seu ginecologista para arrumar da melhor forma.

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O uso do DIU pode causar câncer?
Não.

Métodos de imagem como Ressonância Magnética podem ser realizados em usuárias de DIU?

Pode sim. E sempre é importante avisar antes a equipe que irá fazer o exame sobre a existência do DIU.