Dia Nacional do Luto: psiquiatra explica como lidar com o processo de perda
Dia Nacional do Luto: a psiquiatra Dra. Jéssica Martani explica como buscar ajuda adequada durante o processo
Dia Nacional do Luto: a psiquiatra Dra. Jéssica Martani explica como buscar ajuda adequada durante o processo
Você sabia que hoje, 19 de junho, é considerado o Dia Nacional do Luto? A médica psiquiatra Dra. Jéssica Martani, especialista em comportamento humano e saúde mental, explica que a morte de um ídolo pode ter um impacto significativo nos fãs e desencadear um processo de luto. Ela fala que o luto é uma resposta natural e emocional à perda de alguém ou algo significativo em nossas vidas.
“Quando um ídolo morre, especialmente aquele com quem os fãs têm uma conexão emocional forte, é comum que eles experimentem uma série de emoções intensas, como tristeza, choque, negação, raiva e até mesmo depressão”, afirma.
Para a médica, a neurociência e a psicologia podem ajudar a entender as reações emocionais e cognitivas que ocorrem durante esse processo.
“No nível neurobiológico, o cérebro dos fãs pode ser ativado de maneira semelhante à perda de um ente querido próximo. A região do cérebro associada ao processamento emocional, como o córtex pré-frontal ventromedial e a amígdala, pode estar envolvida na experiência do luto. Essas áreas podem desencadear respostas emocionais intensas e memórias associadas ao ídolo falecido”, revela.
Além disso, a psicologia desempenha um papel fundamental na compreensão do luto. “Existem diferentes teorias e modelos que explicam as fases e processos pelos quais as pessoas passam durante o luto, como o modelo de Kübler-Ross, que descreve as fases de negação, raiva, negociação, depressão e aceitação. No entanto, é importante ressaltar que o luto é uma experiência individual e única para cada pessoa, e nem todos passam por todas as fases descritas”.
É comum que os fãs busquem apoio em suas comunidades de fãs, compartilhando histórias, memórias e emoções. Esse processo pode ajudar a criar um senso de comunidade e solidariedade entre os fãs que estão passando pelo mesmo processo de luto. Além disso, Dra Jéssica ressalta que é importante permitir-se vivenciar as emoções e procurar apoio emocional de amigos, familiares ou profissionais de saúde mental, se necessário.
“Em última análise, a morte de um ídolo pode ter um impacto significativo na vida dos fãs, desencadeando um processo de luto complexo. Compreender as bases neurocientíficas e psicológicas do luto pode ajudar a normalizar essas experiências e fornecer suporte adequado para aqueles que estão enlutados”, finaliza a psiquiatra.