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Cresce consumo de alimentos saudáveis por brasileiros durante a pandemia, aponta estudo

Pesquisa indicou aumento generalizado na frequência de consumo de frutas, hortaliças e feijão

Cresce consumo de alimentos saudáveis por brasileiros durante a pandemia – Freepik

Com mais tempo dentro de casa, muitas pessoas puderam se dedicar mais a uma alimentação saudável durante essa pandemia.

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De acordo com as análises do Estudo NutriNet Brasil, que envolveram 10 mil participantes, houve um aumento generalizado na frequência de consumo de frutas, hortaliças e feijão (de 40,2% para 44,6%) durante o isolamento social no país.

A pesquisa foi feita em dois momentos: entre 26 de janeiro e 15 de fevereiro (antes da pandemia) e entre 10 e 19 de maio (durante a pandemia). Seus participantes, em sua maioria, eram jovens adultos, de 18 a 39 anos (51,1%), mulheres (78%), residentes da Região Sudeste do Brasil (61%) e com nível de escolaridade superior a 12 anos de estudo (85,1%).

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“As novas configurações causadas pela pandemia na rotina das pessoas podem tê-las estimulado a cozinhar mais e a consumir mais refeições dentro de casa. Além disso, uma eventual preocupação em melhorar a alimentação e, consequentemente, as defesas imunológicas do organismo, podem ser consideradas”, afirmou o professor Carlos Monteiro, coordenador do NutriNet Brasil, para uma matéria publicada no portal Agência Brasil.

Porém, o Estudo NutriNet, executado pelo Nupens/USP (de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo), também mostrou que as desigualdades sociais interferiram no comportamento alimentar durante a pandemia, já que essa evolução positiva na alimentação, foi acompanhada por um aumento no consumo de alimentos ultraprocessados nas regiões Norte e Nordeste e entre as pessoas de escolaridade mais baixa.

Consumir alimentos mais naturais e menos processados fortalece a imunidade. Já a ingestão de comidas ultraprocessadas (como refrigerantes, bolachas, pratos congelados, salgadinhos, bolos prontos, cereais matinais, macarrão instantâneo), favorecem o aparecimento de doenças crônicas que aumentam a letalidade da COVID-19, já que são pobres em minerais e vitaminas. 

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Também, esses alimentos “artificiais” ajudam a causar doenças como diabetes, obesidade e hipertensão e, a presença dessas condições está associada à ocorrência de formas mais severas do vírus que causou a pandemia.

Sobre os hábitos pós-pandemia, ainda não se sabe se as pessoas, voltando para suas rotinas normais vão “relaxar”, ou se levarão essa vida saudável para suas vidas, já que isso é uma questão individual. 

O objetivo da análise foi conhecer o impacto da pandemia de COVID-19 sobre o comportamento alimentar da população.

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O recorte faz parte do Estudo NutriNet Brasil, lançado em janeiro de 2020, para investigar a relação entre padrões de alimentação e o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis no Brasil. A pesquisa tem duração de dez anos e vai acompanhar 200 mil pessoas.