Difícil, mas necessário: conheça as características e as fases do processo de luto
Profissionais explicam que existem fases do luto para compreender o processo e, assim, aprender a lidar com as perdas
Profissionais explicam que existem fases do luto para compreender o processo e, assim, aprender a lidar com as perdas
O luto é um estado emocional consequente de uma perda significativa dolorosa, seja de um ente querido, uma relação amorosa/pessoal ou um emprego. Essa perda pode desestabilizar e causar diversos sentimentos diferentes em cada pessoa.
De acordo com a Dra. Jéssica Martani, médica psiquiatra, muitas vezes pode acontecer de a pessoa não conseguir elaborar o luto, prejudicando sua vida e, quando isso ocorre, pode iniciar o processo do luto patológico.
“Na medicina, designamos como o transtorno do luto complexo persistente e, neste caso, o diagnóstico desse tipo de transtorno é feito somente quando persistem níveis graves de resposta ao luto por, pelo menos, 12 meses após a morte, interferindo na capacidade do indivíduo de funcionar”, fala a especialista.
Neles, ocorrem as seguintes características com frequência quase que diária:
A médica fala que todos esses sintomas são de alerta. Na percepção e prática clínica, ela relata que o encaminhamento para a psicoterapia deve ser feito o quanto antes para a elaboração do luto. “Caso os sintomas sejam graves, a ponto de atrapalhar a funcionalidade, eu já oriento início de intervenção médica na psiquiatria”, afirma.
De acordo com o neurocirurgião e neurocientista, Dr. Fernando Gomes, professor livre docente do Hospital das Clínicas de SP, existem fases do luto para compreender e, assim, aprender a lidar com as perdas.
“O luto pode atingir pessoas de formas diferentes. E é importante respeitar o tempo de cada um e como cada fase é diferente para cada pessoa. Existe um processo de resiliência cerebral que acaba trazendo, depois de um certo tempo, algum conforto”, explica o especialista. Segundo ele, as fases do luto são cinco:
“É preciso passar pelas fases do luto e entender que não adianta querer pular ou atropelar estas etapas, porque faz parte do processo do amadurecimento psíquico e é isso que vai ajudar a chegar ao fim do processo”, finaliza o médico.