O médico tricologista Dr. Joel Lacerda explica quais as causas e os tratamentos mais indicados para a calvície na adolescência
A calvície, seja na adolescência ou na vida adulta, pode ser causada por diversos fatores, como por exemplo infecção, trauma, doenças dermatológicas, distúrbios endócrinos – o mais comum é distúrbio na tireoide -, estresse, pós-Covid, anemia severa, doenças autoimunes e quimioterapia.
A calvície que dá sinais já na adolescência, mais exatamente após a puberdade, é a androgenética, que é hormonal e hereditária. Neste caso, o hormônio DHT (di-hidrotestosterona) acomete o folículo e o vai definhando, deixando a calvície mais evidente.
Atualmente, o tipo androgenético é o que mais acomete os brasileiros; cerca de 50% dos homens adultos são calvos. Ela se evidencia aos 20 anos, e desacelera por volta dos 40 anos.
“A calvície mexe com a autoestima e a autoconfiança destes homens”, afirma o tricologista Joel Lacerda. “O diagnóstico tem que ser feito por um profissional, que é geralmente um tricologista ou dermatologista, e dá-se início ao combate das causas por meio de um tratamento adequado”.
Dr. Joel Lacerda explica que na calvície androgenética ocorre o afinamento e a rarefação dos fios. “Pode ser perceptível porque o adolescente começa a ter uma testa mais evidente ou entradas maiores. O cabelo vai afinando principalmente na parte frontal”, diz.
“Na calvície, o cabelo não cai, e sim afina. Você não vê o cabelo cair, porque ele vai afinando aos poucos, até sumir”, completa o profissional. “Já no caso da queda, fatores como anemia severa, situação pós-Covid, estresse e infecções podem ser as causas, e isso é tratado com medicamentos”.
Especialista na técnica FUE, transplante capilar que acontece por meio da coleta individual de unidades foliculares de uma área doadora e posterior aplicação em regiões calvas, Dr. Joel Lacerda aponta que a idade ideal para o transplante capilar “é a idade na qual a calvície incomoda”, ou seja, não tem idade certa
“Menores de 18 anos precisam de autorização dos responsáveis, mas neste caso o mais comum é o tratamento e não o transplante”, refere.
Ainda segundo o tricologista, a calvície androgenética não pode ser evitada, e sim tratada com medicações e até mesmo com o transplante capilar. Já a queda de cabelo pode ser evitada por meio de ações que mantêm a saúde dos fios, como evitar amarrações apertadas no cabelo, uso reduzido de produtos químicos, boa alimentação e qualidade de sono.
