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Boa experiência de parto: 5 recursos disponíveis no SUS e na rede privada

Especialistas listam 5 recursos disponíveis no SUS e na rede privada para que as mamães aproveitem e tenham uma boa experiência de parto

Boa experiência de parto: 5 recursos disponíveis no SUS e na rede privada – FREEPIK/ Racool_studio

A noção de que o parto normal gera muito sofrimento à mulher é uma ideia ainda bastante difundida. O mesmo vale para outros tópicos: mulheres não podem se alimentar durante o trabalho de parto, apenas a(o) médica(o) pode auxiliar no nascimento, não existem métodos de alívio da dor para parto normal… Mas isso não é exatamente verdade.

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Com o avanço da ciência, práticas baseadas em evidências vêm substituindo antigos procedimentos e crenças infundadas. Assim, mais mulheres estão tendo acesso a mais partos e satisfatórios.

Confira cinco recursos disponíveis atualmente – tanto no SUS quanto na rede privada – para que as mulheres tenham experiências positivas de parto

1. Boas práticas atualizadas e baseadas em evidências

Atualmente, existem técnicas e recursos que diminuem a dor e promovem o bem-estar da mulher durante o parto normal, assim, ele pode ser vivido sem sofrimento. Alguns exemplos: acesso da mulher à alimentação e a caminhadas durante o trabalho de parto, liberdade de posições e movimentos (posições verticalizadas, de cócoras, agachada ou em quatro apoios); massagens; banhos de água morna; métodos não farmacológicos para alívio da dor e até aplicação de analgesia.

Após o parto, possibilitar o contato pele a pele entre mulher e bebê promove redução do estresse de ambos e auxilia na criação de vínculo afetivo, entre outros benefícios com evidências científicas. Essas práticas são orientadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde. Por isso já é possível utilizá-las em hospitais e casas de parto do Sistema Único de Saúde (SUS) e da rede particular.

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2. Informação no pré-natal

A informação sobre saúde sexual e reprodutiva é um recurso que possibilita liberdade e autonomia às mulheres e adolescentes. Devidamente orientadas, elas passam a entender mais sobre os aspectos biológicos, psicológicos, sociais e emocionais da gestação. E mais: podem escolher como querem viver a gravidez e o parto. Com frequência, mulheres com acesso à informação são aquelas que vivem experiências mais satisfatórias de parto, pois participaram do processo de forma ativa, exercendo o papel de protagonista da própria vida e do próprio parto.

3. Plano de parto

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O plano de parto é um documento expressa por escrito os desejos e as expectativas da mulher para o momento do parto, como a indicação de quem irá a acompanhar, as posições para o trabalho de parto e as suas decisões em caso de medidas de emergência. Indicado pelo Ministério da Saúde, o plano de parto funciona como um guia que vale para a consulta da equipe de saúde durante a estadia da mulher e do bebê desde a entrada no local do parto até a alta. Para construir o plano de parto – que é feito com apoio das(os) profissionais que acompanham a mulher durante a gravidez –, ela também ir conhecer o local onde irá parir, conversar com a equipe que irá lhe atender etc.

4. Equipes multiprofissionais

A assistência de uma equipe multiprofissional está associada a melhores desfechos. Por exemplo: um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) indica que a atuação de enfermeiras(os) obstétricas(os) e obstetrizes no momento do parto está associada a um menor número de intervenções cirúrgicas desnecessárias. Além disso, o estudo também demonstra que as mulheres atendidas por essas(es) profissionais também relatou maior satisfação em relação à experiência de parto. Já o Relatório Situação Mundial da Obstetrícia (SoWMy) de 2021 indica que o investimento na formação e dessas(es) profissionais pode salvar 4,3 milhões de vidas por ano até 2035.

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5. Casas de parto

Disponíveis na rede particular e no SUS, as casas de parto operam um novo modelo assistencial, cujo foco está na experiência, na saúde, na segurança e no bem-estar da mulher, assim como do bebê, dos acompanhantes e das(os) profissionais envolvidas(os).  Embora ainda não existam em número expressivo no Brasil, as casas de parto representam um marco na atenção obstétrica do país. Com um modelo voltado à atenção humanizada e que tende a não reproduzir casos de violência como os relatados recentemente pela influenciadora digital Shantal Verdelho, as casas de parto são uma referência na assistência ao parto normal.

Nesses espaços, as mulheres não dão à luz em salas de operação, como acontece nos hospitais, mas em quartos adequados com cama, bancos, banheira, chuveiro, luz e outros recursos projetados para uma experiência positiva de parto. Lá, todas são orientadas sobre seus direitos sexuais e reprodutivos e podem levar até mais de um acompanhante, dependendo das normas locais. Além disso, algumas casas de partos, como a Casa Angela, localizada em São Paulo/SP, oferecem educação em saúde a partir de consultas, cursos, palestras e oficinas sobre a gestação, o pré-parto, o parto e o pós-parto, bem como a amamentação e os cuidados necessários com o bebê.

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