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Anvisa aprova uso emergencial de coquetel de anticorpos contra a COVID-19

A combinação de dois medicamentos será disponibilizada apenas nos hospitais e não será vendida em farmácias

Anvisa autorizou o uso da combinação dos medicamentos casirivimabe e imdevimabe (Regn-CoV2) – Pexels

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou nesta terça-feira, 20, o uso emergencial de um coquetel de anticorpos para tratar a infecção da covid-19. O medicamento é o segundo aprovado pela agência, que recentemente liberou o uso do Remdesevir.

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O novo medicamento aprovado foi desenvolvido pela farmacêutica norte-americana Regeneron Pharmaceuticals em parceria com a suíça Roche e foi batizado pelo nome de REGEN-COV. O coquetel é composto pela combinação de anticorpos monoclonais, o casirivimabe e o imdevimabe, que bloqueiam a entrada do vírus na célula. 

+ VEJA TAMBÉM: Coquetel anti-COVID apresenta resultados positivos e reduz em 81% as chances de contrair a doença

O REGEN-COV não é indicado para uso em pacientes graves e poderá ser utilizado em pessoas acima dos 12 anos com mais de 40 kg diagnosticadas com a covid-19. Vale ressaltar que ele não atua como uma prevenção contra a infecção provocada pelo novo coronavírus e por isso, não substitui as vacinas. A administração do medicamento é feita de forma intravenosa em pacientes na fase inicial da doença. 

Em entrevista ao G1, o biólogo Gustavo Mendes destacou que a proposta deste tipo de medicamento é neutralizar os vírus, desta forma, ele controla a doença e impede que o paciente evolua para quadros graves. 

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Estudo aponta eficácia do REGEN-COV

O coquetel de anticorpos desenvolvido pela farmacêutica norte-americana Regeneron Pharmaceuticals apresentou eficácia contra a COVID-19 na fase três de estudos, segundo dados divulgados nesta segunda-feira, 12. A injeção anti-covid batizada de REGEN-COV reduziu em 81% as chances de desenvolver casos sintomáticos em pessoas que conviviam com pacientes que testaram positivo para o novo coronavírus

O estudo aplicou o coquetel, na forma de injeção subcutânea, em 1.505 pessoas que não haviam sido infectadas pelo coronavírus, mas viviam na mesma casa que alguém com teste positivo nos quatro dias anteriores. Os testes foram realizados no esquema duplo-cego, com administração do medicamento e do placebo.

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Depois de quase um mês após receberem o medicamento e o placebo, 11 pessoas que receberam a injeção de REGEN-COV desenvolveram a covid-19 sintomática, enquanto 59 que receberam o placebo desenvolveram a doença.

 

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