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Alergia x Vacinas: o que se sabe sobre os 2 casos de reação ao imunizante contra Covid-19 no Alaska

O que mais intrigou as pessoas foi que um dos profissionais americanos não tinha histórico de alergias graves

Alergia a vacinas: o que se sabe sobre os 2 casos de reação ao imunizante contra Covid-19 – Pixabay

Dois profissionais de saúde do estado americano do Alaska desenvolveram forte reação alérgica poucos minutos depois de terem recebido a vacina Pfizer/BioNTech contra o coronavírus. Um continua internado sob observação, e outro foi liberado logo depois de uma hora.

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E, o que mais intrigou as pessoas foi que um dos profissionais americanos não tinha histórico de alergias graves. Porém, mesmo assim, depois dos casos, o órgão regulatório dos EUA advertiu que pessoas com histórico de grave reação alérgica a medicamentos e alimentos não devem tomar a vacina. Mas não houve qualquer veto ao restante da população, inclusive para quem tem histórico de alergia moderada.

Então, o que esses episódios apontam sobre a segurança em torno da nova vacina fabricada pela Pfizer/BioNTech, empresas que solicitaram autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para aplicações no Brasil?

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O que aconteceu nos EUA?
Os dois profissionais de saúde que tiveram reação alérgica grave foram imunizados no mesmo hospital no estado do Alaska. A primeira, uma mulher de meia-idade, começou a desenvolver erupção na pele, falta de ar e aceleração da frequência cardíaca cerca de dez minutos depois de ser vacinada no hospital regional Bartlett, em Juneau.

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Ela recebeu imediatamente uma injeção de epinefrina, um tratamento tradicional para reações alérgicas. Pacientes com histórico de alergia grave, inclusive, portam canetas injetoras em caso de emergência. Mas Lindy Jones, diretora do departamento de Emergência do hospital, afirmou que essa profissional de saúde não tinha histórico de alergias graves.

Ela teve a primeira crise e os sintomas recuaram com a epinefrina, mas depois eles retornaram e ela recebeu esteroides e epinefrina e foi encaminhada para a unidade de terapia intensiva (UTI), relatou o jornal The New York Times. O quadro dela é estável e ela permanece internada sob observação. O segundo paciente tinha histórico de alergia grave, mas teve uma reação anafilactoide, e não anafilaxia, afirmou a equipe médica, o que representa um quadro bem menos grave.

Os sintomas (inchaço no olho, coceira na garganta e tontura) surgiram cerca de dez minutos depois da aplicação, e recuaram logo que ele recebeu epinefrina. O paciente foi liberado uma hora depois.

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O que isso representa para a segurança das vacinas?
Se você deseja absolutamente nenhum efeito adverso, então nenhuma vacina e nenhum remédio serão ‘seguros’ nesse sentido. Todo medicamento eficaz tem efeitos indesejados. Então, quando falamos que é ‘seguro’, falamos do peso dos efeitos indesejados em comparação com o benefício é muito claramente a favor do benefício“, explicou o professor Stephen Evans para a BBC News.

Haverá casos em que um dia alguém receberá a vacina e, logo depois, terá um sério problema de saúde que teria acontecido mesmo se não tivesse sido imunizada. E, é por isso que a segurança das vacinas é monitorada muito depois de uma delas ser aprovada para ver se há algum problema de saúde desconhecido. 

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