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Adoçante zero aumenta quantidade de glicose no sangue, revela estudo

De acordo com pesquisa, adoçantes zero calorias alteram microbiomas do organismo e níveis de açúcar no sangue

De acordo com pesquisa, adoçantes zero calorias alteram microbiomas do organismo e níveis de açúcar no sangue
Segundo estudo, adoçantes sacarina e sucralose são os que causam alteração no sangue – Pexels/Towfiqu barbhuiya

Você já deve ter escutado que o consumo de adoçante é mais saudável que açúcar, não é mesmo? E, sim, apesar de ser mais saudável, o adoçante ainda apresenta alguns riscos à saúde – principalmente relacionados a glicose – como revela novo estudo.

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De acordo com a pesquisa publicada na revista Cell, os adoçantes não nutritivos e sem calorias alteram os microbiomas do organismo humano. Assim, acabam alterando os níveis de açúcares no sangue, diferente do que se acreditava.

Tudo começou em 2014, quando os cientistas responsáveis descobriram que os adoçantes alteravam os microbiomas de camundongos. Na nova etapa, portanto, eles testaram a mesma coisa em 120 pacientes voluntários.

Cientistas explicam como adoçante zero afeta organismo humano e muda índices de glicose no sangue

Assim, dividiram eles em seis grupos: dois que não consumiram os adoçantes, e um que fez o uso de sacarina; outro de sucralose; o terceiro de aspartame; e, por fim, o único adoçante natural, estévia.

“Em indivíduos que consumiram os adoçantes não nutritivos, pudemos identificar mudanças muito distintas na composição e função dos micróbios intestinais e nas moléculas que eles secretam no sangue periférico. Isso parecia sugerir que os micróbios intestinais no corpo humano são bastante responsivos a cada um desses adoçantes”, explica Eran Elinav, imunologista responsável pelo estudo.

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Segundo eles, portanto, os que consumiram sacarina e sucralose aumentaram o nível glicose, provocando um risco maior de desenvolver diabetes tipo 2. “Quando analisamos os consumidores de adoçantes não nutritivos como grupos, descobrimos que dois dos adoçantes não nutritivos, sacarina e sucralose, impactaram significativamente a tolerância à glicose em adultos saudáveis. Curiosamente, as mudanças nos micróbios foram altamente correlacionadas com as alterações observadas nas respostas glicêmicas das pessoas”, continuou.

Por fim, os pesquisadores buscam conscientizar sobre os riscos que sim existem no consumo de adoçante. “Precisamos aumentar a conscientização sobre o fato de que os adoçantes não nutritivos não são inertes ao corpo humano como originalmente acreditávamos”, alerta. “Enquanto isso, precisamos continuar procurando soluções para nosso desejo por doces, evitando o açúcar, que é claramente mais prejudicial à nossa saúde metabólica”.

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