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Evite! Comer muito açúcar no inverno pode causar 7 danos ao organismo

Comer muito açúcar e doces variados na estação mais fria do ano pode levar a doenças metabólicas como obesidade e diabetes, porém agrava os riscos de doenças cardiovasculares, inflamatórias, degenerativas e até neoplásicas

Evite! Comer muito açúcar no inverno pode causar 7 danos ao organismo
Evite! Comer muito açúcar no inverno pode causar 7 danos ao organismo

Por que as pessoas tendem a comer alimentos mais doces e calóricos no inverno? “Qualquer diferença de temperatura, capaz de reduzir a temperatura corporal, será suficiente para que o sistema nervoso autônomo libere substâncias e estimule reações para que o organismo mantenha a temperatura equilibrada, ao redor de 36,5°C. Tendemos a sentir mais fome quando esfria, mas devemos ter atenção redobrada para não haver aumento no consumo de doces”, explica a médica nutróloga Dra. Marcella Garcez, diretora e professora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN). Abaixo, especialistas destacam 7 danos, entre aqueles que são perceptíveis e os que são silenciosos, do consumo excessivo do açúcar.

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Comer muito açúcar no inverno pode causar esses 7 danos, visíveis ou silenciosos

  1. Doenças metabólicas, renais e câncer: obesidade e diabetes são dois dos problemas metabólicos que surgem por consequência de alimentação rica em açúcar, principalmente de doces. O carboidrato em excesso também pode favorecer o surgimento de câncer. E os problemas metabólicos podem favorecer uma cascata de danos, segundo a médica nefrologista e intensivista Dra. Caroline Reigada, especialista em Medicina Intensiva pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira. “O açúcar em excesso também acarreta maior inflamação, com consequente risco de diabetes – que é o maior fator de risco para doença renal crônica no mundo. A resistência à insulina (condição típica do diabetes tipo 2) gera vasoconstrição (estreitamento de vasos) e retenção de sódio e água pelo organismo, além de endurecimento dos vasos sanguíneos – o que pode lesar os rins”, explica a médica.
  2. Envelhecimento acelerado da pele e do cabelo: Segundo a Dra. Mônica Aribi, dermatologista sócia efetiva da Sociedade Brasileira de Dermatologia, a ingestão de açúcar em excesso na dieta colabora para um processo de glicação, que é quando as fibras de colágeno e elastina endurecem por reagirem com esses açúcares. Com isso, a pele perde flexibilidade e sustentação. “O açúcar também está ligado ao aparecimento de manchas”, explica a dermatologista. “O acúmulo de AGEs (espécies avançadas de glicação) gera ação inflamatória e envelhecimento precoce de todo o sistema”, diz a Dra. Mônica. “Esses AGEs causam uma desordem tecidual. Dessa forma, é necessário utilizar suplementos antiglicantes como Glycoxil para reverter os danos”, explica a nutricionista Luisa Wolpe Simas.
  3. Desordens estéticas corporais: Muita gente ainda associa problemas como a celulite e gordura localizada ao sobrepeso, mas isso tem mais relação com o padrão alimentar. “Ao ver uma mulher magra, não estamos realizando uma avaliação de composição corporal, sendo assim, ela pode ter alto percentual de gordura e consequente celulite. Não sabemos dos hábitos de vida dessa mulher magra e, além disso, do consumo de alimentos inflamatórios que ela ingere”, explica a Dra. Cláudia Merlo, médica especialista em Dermatologia e Cosmiatria pelo Instituto BWS. Para celulite, além do excesso de açúcar, o de sal também é extremamente maléfico, na medida em que o sódio piora a retenção de líquidos. Outro problema corporal comum é o aparecimento de estrias, que também tem relação com a glicação, segundo Ludmila Bonelli, cosmiatra, especialista em dermatocosmética. “Quando o açúcar endurece o colágeno, ele perde a sua funcionalidade de mobilidade, de sustentação. A pele fica mais desidratada também. Dessa forma, surgem as rugas, a flacidez e até as estrias, uma vez que esse colágeno rompe com mais facilidade, formando essas ‘marcas’”, destaca Ludmila.
  4. Fadiga e exaustão: O excesso de açúcar na dieta faz as mitocôndrias, organelas centrais da célula responsáveis pela produção de energia, perderem eficiência e reduzindo a produção de energia, segundo a Dra. Marcella. “Com isso, os eventos metabólicos iniciais como fadiga e cansaço podem ser indicativos do desenvolvimento do diabetes”, explica a médica nutróloga.
  5. Problemas circulatórios: O açúcar em excesso pode ser amargo para o coração. Além de estar relacionado com a obesidade e com a diabetes mellitus, ele também é um grande vilão para o aumento de colesterol. O açúcar pode favorecer o aparecimento de problemas cardiovasculares, explica a médica intensivista Dra. Caroline Reigada. “Dependendo da artéria afetada, tal quadro pode levar ainda a incidência de infarto, derrame e problemas de claudicação, que é quando você vai caminhar e tem dificuldade de andar porque falta sangue nas pernas”, diz a cirurgiã vascular Dra. Aline Lamaita, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular.
  6. Prejudica a saúde oral: O açúcar é um dos grandes vilões da saúde oral. “Um dos principais problemas nesse sentido é a formação de cáries, que ocorre quando as bactérias da boca metabolizam o açúcar que consumimos, tornando o pH da boca ácido e, consequentemente, provocando a desmineralização do esmalte dos dentes e o aparecimento das cáries. Além disso, o açúcar também favorece o acúmulo de placa bacteriana”, alerta o Dr. Hugo Lewgoy, cirurgião-dentista e doutor em Odontologia pela USP.
  7. Problemas de fertilidade e da saúde gestacional: Além de favorecer a obesidade, o que prejudica a qualidade e a quantidade dos espermas e o processo de ovulação, a ingestão de açúcar, por si só, já reduz as chances de um casal engravidar. O consumo acentuado de açúcar também tem impacto na obesidade e no aparecimento de diabetes mellitus gestacional, segundo o ginecologista obstetra Dr. Fernando Prado, especialista em Reprodução Humana, Membro da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM). “Alguns trabalhos apontam que altos níveis de glicose em mães com diabetes gestacional desencadeiam mudanças epigenéticas no feto em desenvolvimento (modificações na atividade genética do feto em virtude de exposições ambientais), resultando em efeitos adversos para a saúde da criança ao longo do tempo”, explica o especialista.

Logo, o segredo para não prejudicar a saúde é apostar na moderação, reduzindo o consumo de açúcar a, no máximo, uma colher de sopa do ingrediente por dia. Como é muito difícil reduzir de tal forma a ingestão de açúcar, a recomendação é adotar medidas que podem ser tomadas para reduzir os danos causados pelo açúcar. “Por exemplo, existem nutrientes como fibras, gorduras boas e proteínas que se forem ingeridos juntos com carboidratos refinados, doces e açúcares, reduzem a velocidade de digestão e absorção do açúcar no sangue, diminuindo o índice glicêmico e fazendo com que não os níveis de glicose e insulina circulantes não aumentem tão rápido”, finaliza a Dra. Marcella.

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FONTES:

DRA. MÔNICA ARIBI: Dermatologista, sócia efetiva da Sociedade Brasileira de Dermatologia, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica e International Fellow da Academia Americana de Dermatologia. A médica é Mestra em Ciências da Saúde pelo IAMSPE, Membro Internacional da European Academy of Dermatology and Venerology e Coordenadora do Setor de Cosmiatria do Hospital Ipiranga. Precursora em Tecnologias Dermatológicas, Speaker da Medithread para colocação de fios de PDO corporais, também é palestrante nacional e internacional em vários congressos da área de Dermatologia e especialidades afins. CRM: 53.387 | RQE: 35.101. Instagram: @dramonicaaribi

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DRA. CLÁUDIA MERLO: Médica especialista em Dermatologia e Cosmiatria pelo Instituto BWS. Diretora da Clínica Cláudia Melo. Instagram: @dra.claudiamerlo

DRA. MARCELLA GARCEZ: Médica Nutróloga, Mestre em Ciências da Saúde pela Escola de Medicina da PUCPR, Diretora da Associação Brasileira de Nutrologia e Docente do Curso Nacional de Nutrologia da ABRAN. A médica é Membro da Câmara Técnica de Nutrologia do CRMPR, Coordenadora da Liga Acadêmica de Nutrologia do Paraná e Pesquisadora em Suplementos Alimentares no Serviço de Nutrologia do Hospital do Servidor Público de São Paulo. Além disso, é membro da Sociedade Brasileira de Medicina Estética e da Sociedade Brasileira para o Estudo do Envelhecimento. Instagram: @dra.marcellagarcez

DRA. CAROLINE REIGADA: Médica nefrologista formada pela Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro, com residência médica na Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e residência em Nefrologia no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Especialista em Medicina Intensiva pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira, a médica participa periodicamente de cursos e congressos, além de ter publicado uma série de trabalhos científicos premiados. Participou do curso “The Brigham Renal Board Review Course” em Harvard. Integra o corpo clínico de hospitais como São Luiz, Beneficência Portuguesa de São Paulo e Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Instagram: @dracaroline.reigada.nefro

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DRA. ALINE LAMAITA: Cirurgiã vascular, Dra. Aline Lamaita é membro da diretoria (comissão de marketing) da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV). Membro da Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia, do American College of Phlebology, e do American College of Lifestyle Medicine, a médica é formada pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (2000) e hoje dedica a maior parte do seu tempo à Flebologia (estudo das veias). Curso de Lifestyle Medicine pela Universidade de Harvard (2018). A médica possui título de especialista em Cirurgia Vascular pela Associação Médica Brasileira / Conselho Federal de Medicina. RQE 26557. Instagram: @alinelamaita.vascular

DR. FERNANDO PRADO: Médico ginecologista, obstetra e especialista em Reprodução Humana. É diretor clínico da Neo Vita e coordenador médico da Embriológica. Doutor pela Universidade Federal de São Paulo e pelo Imperial College London, de Londres – Reino Unido. Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo, Membro da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM) e da Sociedade Europeia de Reprodução Humana (ESHRE). Instagram: @neovita.br

HUGO ROBERTO LEWGOY: Especialista, Mestre e Doutor pela Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo; Professor Colaborador do Instituto de Pesquisas Nucleares (IPEN) e do Mestrado Profissional em Biomateriais em Odontologia da Universidade Anhanguera (UNIAN); Pós-graduado em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP); Instrutor da filosofia individually Training Oral Prophylaxis (iTOP); Pós-graduado em Implantodontia pela Miami University e University of Berna; Membro do International Team of Implantology (ITI); Consultor Científico da Curaden Swiss.

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LUDMILA BONELLI: Cosmiatra, especialista em dermatocosmética e diretora científica da Be Belle. Instagram: @ludmilabonelli

LUISA WOLPE SIMAS: Nutricionista e consultora de nutrição integrada da Biotec Dermocosméticos.

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