1 em cada 3 mulheres no mundo sofre violência física ou sexual, e cenário deve piorar com a pandemia, diz OMS

Relatório é o maior estudo já realizado pela entidade sobre o tema

1 em cada 3 mulheres no mundo sofre violência física ou sexual, e cenário deve piorar com a pandemia, diz OMS – Freepik

Um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) publicado na última terça-feira, dia 9, alertou que um terço das mulheres no mundo, o equivalente a setecentos e trinta e seis milhões de vítimas, sofrem violência física ou sexual ao longo da vida. O documenta ressaltou, contudo, que a estimativa não reflete o impacto negativo da pandemia de Covid-19 sobre a população feminina.

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Segundo a OMS, a violência começa cedo na vida das mulheres: uma em cada quatro adolescentes e jovens, entre quinze anos e vinte e quatro anos, que esteve em um relacionamento, já sofreu violência de um parceiro íntimo.

O parceiro íntimo, aliás, é o principal agressor quando se fala em violência contra as mulheres: das setecentas e trinta e seis milhões de vítimas que sofrem com o problema, seissentas e quarenta e uma milhões delas são agredidas e violentadas pelo próprio marido, namorado ou companheiro.

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E, no que diz respeito à violência sexual, 6% das mulheres a nível global relataram ter sido abusadas sexualmente por alguém que não seja parceiro íntimo. Por causa os altos níveis de estigma e subnotificação de abuso sexual, a OMS ressaltou que o o número real provavelmente é “significativamente mais alto”.

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PANDEMIA

Apesar de “dados alarmantes”, o relatório destacou que analisou o período entre 2000 e 2018, não incluindo os anos da pandemia.

“A OMS e parceiros alertam que a pandemia da Covid-19 aumentou ainda mais a exposição das mulheres à violência”, afirmou a organização, explicando que os lockdowns aumentaram a exposição das mulheres ao seus agressores dentro de casa e a crise gerada pela pandemia afetou serviços de proteção e acolhimento das vítimas.

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E, o documento também afirmou que as dificuldades financeiras, o estresse de ter os filhos em casa, o aumento do trabalho doméstico e outros problemas criados pela pandemia, podem levar ao aumento da violência.