Por que o país mais vacinado do mundo está registrando alta de casos?

O país que mais vacinou sua população proporcionalmente contra a covid-19 está intrigando autoridades após ver o número de novos casos aumentar nas últimas semanas mesmo com a maioria vacinada. 

As Ilhas Seychelles, um arquipélago na África Oriental, aplicou a primeira dose da vacina em mais de 70% enquanto 63% de sua população já está totalmente vacinada contra a covid-19, ou seja, seis em cada dez habitantes estão vacinados. No entanto, os 100 mil habitantes das ilhas estão sendo submetidos a novas restrições após registrar crescimento na média de novos casos. 

Em abril, o número médio de novas infecções estava estável e o país registrava em torno de 50 por dia. Já em maio, a média móvel de sete dias subiu para 400 novos casos por dia causando preocupação entre as autoridades de saúde. 

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Por que o número está aumentando?

Segundo o Ministério da Saúde local, os novos casos estão acontecendo entre aqueles que já receberam imunização. Dentre as vacinas aplicadas na população estão a chinesa Sinopharm, a de Oxford/AstraZeneca e mais recentemente, o país passou a aplicar a vacina russa Sputnik V na população, no entanto, não é possível rastrear qual vacina as pessoas que estão se infectado receberam. 

Felizmente, o que se sabe é que dois terços das pessoas com resultado que estão se infectando apresentaram sintomas leves ou nenhum sintoma e 80% dos que precisaram de internação não tinham se vacinado.

Outro fator que poderia estar elevando o número de novos casos seria o aumento de turistas nas ilhas. Antes da pandemia as Ilhas Seychelles eram destino de muitos viajantes em busca de praias bonitas e clima tropical, no entanto, o turismo no país foi gravemente afetado pela pandemia. 

Para salvar o turismo, o governo de Seychelles anunciou visitantes poderiam entrar sem a necessidade de quarentena a partir de março, no entanto, os turistas deveriam apresentar um teste negativo de covid-19 para entrar no país. Após o anúncio, o número de turistas cresceu em abril, no entanto, o governo afirma que não há evidências de que o turismo na região tenha aumentado o número de novos casos.