Fungo mortal infecta recuperados da covid na Índia; o que se sabe sobre o surto do ‘fungo preto’?
Milhares de indianos que tiveram covid-19 foram infectados por um fungo raro e mortal
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Em maio deste ano, enquanto a Índia enfrentava e ainda enfrenta seu pior momento da pandemia, o aumento de infecções por um fungo raro e potencialmente mortal começou a preocupar médicos indianos.
Milhares de casos de infecção pelo fungo foi identificado, com centenas de hospitalizados e 90 mortos, o que levou dois estados declararem epidemia.
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Constatou-se que o problema acometia geralmente pacientes que se recuperaram recentemente da covid-19, especialmente quem tem comorbidades e teve o sistema imunológico muito afetado pelo novo coronavírus.
O que é este fungo?
A mucormicose, também conhecida pelo nome de “Fungo Preto” acometeu milhares de indianos diagnosticados com a Sars-Cov-2 e é causado por mofo encontrado em ambientes úmidos. Ele pode atacar o sistema respiratório, no entanto, não é contagioso e não se espalha de pessoa para pessoa.
Depois que uma pessoa inala os esporos do fungo, ele afeta os pulmões e seios da face, manifestando sintomas como edema facial, febre, úlceras na pele e lesões pretas na boca. O nome dado a doença provocada pelo fungo tem relação com os sintomas.
Segundo o Ministério da Saúde da Índia, a doença “começa a se manifestar como infecção de pele nas bolsas de ar localizadas atrás de nossa testa, nariz, maçãs do rosto e entre os olhos e os dentes. Em seguida, ele se espalha para os olhos, pulmões e pode até mesmo se espalhar para o cérebro. Isso leva ao escurecimento ou descoloração do nariz, visão turva ou dupla, dor no peito, dificuldades respiratórias e tosse com sangue”.
O tratamento é realizado com medicamentos antifúngicos e podem exigir até seis semanas de tratamento e a recuperação depende especialmente do quão cedo se inicia o tratamento. Em alguns casos, os pacientes são submetidos a cirurgias para retirar o tecido infectado e escurecido pelo fungo, muitas vezes acometendo partes da face.
