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Anvisa recebe novo pedido para a aplicação da CoronaVac em crianças; Instituto Butantan lista quatro razões para o grupo receber a vacina

A Anvisa irá avaliar o pedido para a utilização da CoronaVac em criança, no prazo de até 30 dias

Anvisa recebe novo pedido do Instituto Butantan para a aplicação da CoronaVac em crianças – Pexels/Nataliya Vaitkevich

Após publicação do Instituto Butantan na última segunda-feira, 13, sobre os motivos para a priorização da vacinação em crianças e adolescentes, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu um pedido da instituição nesta quarta-feira, 15, para a aplicação da CoronaVac no grupo de faixa etária entre 3 a 17 anos

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Em nota, a Anvisa disse que o prazo para que esse novo requerimento seja avaliado é de até 30 dias. “Este é o segundo pedido do laboratório para indicação do imunizante para essa faixa etária. O primeiro pedido, apresentado em julho, foi avaliado pela Anvisa e negado devido à limitação de dados dos estudos apresentados naquele momento”, disse o órgão regulatório. 

No Brasil, a vacina da Pfizer é o imunizante que possui autorização para ser aplicada em adolescentes de 12 a 17 anos e, nesta quinta-feira, 16, o órgão autorizou a aplicação da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos. No entanto, conforme o Instituto Butantan, há quatro razões para que esse grupo seja ampliado e imunizado também com a CoronaVac, com base em médicos e pesquisadores.

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INSTITUTO BUTANTAN LISTA QUATRO MOTIVOS PARA QUE A FAIXA DE 3 A 17 ANOS SEJA VACINADA

1) O primeiro motivo é de que outros países já estão aplicando vacinas neste grupo, como China, Chile, Equador e Colômbia, por exemplo. Conforme o instituto, esses países estão utilizando a CoronaVac após a divulgação de pesquisas que comprovaram a segurança da aplicação do imunizante em crianças

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2) A próxima razão é de que a tecnologia utilizada na CoronaVac é semelhante com outras vacinas já aplicadas em crianças, como a da influenza em que os bebês a partir de seis meses já recebem o imunizante. Conforme explicação do instituto, a vacina é utilizada com o vírus “morto”, sendo incapaz de provocar doença para a indução do sistema imunológico

3) O Instituto Butantan declarou que, durante ensaios clínicos com o imunizante, constatou-se sua eficácia contra o novo coronavírus nesse grupo e com efeitos colaterais de grau 1 e 2, em que os mais frequentes foram dor ou inchaço na região em que foi aplicada a vacina. Ao utilizar o Chile como exemplo, o instituto diz que os estudos conduzidos no país mostram resultados melhores do que em adulto. Ainda, ao citar a China, o Butantan afirma que a aplicação do imunizante vem apresentando os mesmos resultados de segurança que em outras faixas etárias

4) O quarto motivo é de que esse grupo passa a ser mais suscetível a contrair a doença, por isso a necessidade de imunizar essa faixa etária. Durante o CoronaVac Symposium, a infectologista do Hospital Estadual de Serrana, em São Paulo, Natasha Ferreira, disse o seguinte: “Precisamos começar a vacinar crianças o mais rápido possível para garantir a segurança de todos nós”.

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ANVISA DIZ QUE O LABORATÓRIO PRECISA CONDUZIR ESTUDOS

Conforme a Anvisa, ao receber o novo pedido do Instituto Butantan para a vacinação de crianças com a CoronaVac, “para incluir novos públicos na bula, o laboratório precisa conduzir estudos que demonstrem a relação de segurança e eficácia para determinada faixa etária. Esses estudos podem ser realizados no Brasil ou em outros países”.  Até o momento, no Brasil, a CoronaVac é aplicada em uso emergencial em pessoas acima de 18 anos.

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