Amputação de pênis aumenta nos últimos 14 anos, no Brasil; Câncer no membro é a principal causa

Aumenta número de amputação de pênis – Pexels/Andrea Piacquadio

Falar da saúde íntima masculina vai além do Novembro Azul. Assim como qualquer parte do corpo humano, essa é uma região que também merece atenção e cuidado. Dados do Ministério da Saúde, divulgados pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), mostram o crescimento do número de amputações de pênis, no Brasil. Higiene inadequada e doenças sexualmente transmissíveis são alguns dos fatores que levam a uma das causas principais para a retirada do órgão masculino: o câncer de pênis.

Esse tipo de procedimento teve um aumento em 14 anos, mesmo com a queda no número de câncer no membro masculino. De acordo com o DataSUS, em 2020 foram registrados 2.095 casos da doença, enquanto em 2021 foram notificados 1.791. Mas, então, o que explica a alta de amputações? A baixa na procura médica durante a pandemia e, consequentemente, no diagnóstico, conforme pontua a SBU.

Embora a doença seja mais recorrente em homens com mais de 50 anos, o câncer de pênis também pode afetar pessoas mais jovens. “Infelizmente, a desinformação e a dificuldade de acesso à saúde contribuem para muitos casos de amputação do órgão e morte por câncer de pênis. Muita gente sequer sabe que o câncer também pode atingir o órgão, e mais, que pode ser prevenido com medidas relativamente simples“, disse a urologista Karin Anzolch, em comunicado da SBU.

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AMPUTAÇÃO DE PÊNIS CRESCE 1,604% EM 14 ANOS

Os dados mostram um cenário preocupante em relação à saúde íntima masculina: no Brasil, foram realizadas 7.213 amputações de pênis nos últimos 14 anos, o que representa um crescimento de 1,604%. Cerca de 515 procedimentos do tipo foram realizados a cada ano. O Sudeste é a região que concentra o maior número de amputações: 2.872. O Nordeste também não fica muito atrás, com 2.104. A região com a menor incidência dessas cirurgias é o Centro-Oeste, com 472.

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SINAIS PARA PRESTAR ATENÇÃO NO MEMBRO MASCULINO

A SBU aponta alguns sinais para os homens observarem e procurar um médico especializado, para uma avaliação adequada: