Cientistas analisam transmissibilidade da variante que combina BA.1 e BA.2 da Ômicron
Cientistas do Reino Unido já identificaram 637 casos da combinação entre BA.1 e BA.2
Cientistas do Reino Unido já identificaram 637 casos da combinação entre BA.1 e BA.2
O quadro em que um paciente é infectado simultaneamente por duas ou mais variantes de uma doença é chamado de recombinação. Esse é justamente o foco de análise de cientistas do Reino Unido, que estão monitorando três tipos de recombinação de covid-19, como a mistura entre BA.1 e BA.2, da Ômicron.
Em análise inicial da Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido (UKHSA, na sigla em inglês), quadro de combinação de BA.1 e BA.2 tem se mostrado mais transmissível do que a subvariante BA.2, em uma taxa de 9,8%. Aliás, de acordo com a consultora médica chefe da agência, Susan Hopkins, esse processo não é estranho quando há a circulação de diversas variantes.
Apesar da observação sobre a transmissibilidade da variante BA.1 e BA.2, ainda é preciso a realização de muitos estudos para entender o seu comportamento. Por conta disso, não é possível ter respostas conclusivas se essa combinação irá avançar ou não pelo mundo, nem sobre sua gravidade ou eficácia dos imunizantes.
+++ Israel descobre cepa que combina duas subvariantes da Ômicron
+++ Medicamento da AstraZeneca é capaz de neutralizar Ômicron, segundo estudo
Apesar da confirmação de 637 casos dessa recombinação, pela UKHSA, muitas variantes nem sequer circulam por muito tempo: “Tal como acontece com outros tipos de variantes, a maioria morrerá relativamente rápido”, disse Hopkins.
“A recombinação é um fenômeno natural descrito em diferentes vírus como um mecanismo de mutação para trocar material genômico. Isso pode ocorrer quando dois vírus da mesma espécie, mas geneticamente diferentes, infectam a mesma célula no mesmo indivíduo”, disse Sylvain Aldighieri, médico da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).